quinta-feira, 30 de agosto de 2012

AME!




Ame quando  o tempo faz tempestade;
Ame quando  o vento varre a saudade.
Ame quando a Lua não aparece;
Ame que o ódio o tempo esquece.
Ame quando o sol o dia faz claro;
Ame  o amor que lhe custe mais caro.


É demais lindo o mundo a dois,

Dois que do amor, o amor multiplicam.
Que não conjeturam o que vem depois,
Que o amor à fonte da juventude dedicam.
Ame!
Por mais que o mundo reclame;
Amor é mundo, Universo, Ame!


(Pio Rambo, 21 de Junho de 1978)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Circula na internet: A Fábula do Velho Cachorro

Gente, recebi esta fábula por email e repasso a todos neste blog porque acho que ser astuto é um dos fundamentos básicos para quem sabe lidar com a vida e dela tirar suas lições.
(Autor desconhecido)



Uma velha senhora foi para um safari na África e levou seu velho vira-lata com ela.

Um dia, caçando borboletas, o velho cão, de repente, deu-se conta de que estava perdido. 
Vagando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cão percebe que um jovem leopardo o viu e caminha em sua direção, com intenção de conseguir um bom almoço .. 

O cachorro velho pensa: 

-'Oh, oh! Estou mesmo enrascado ! Olhou à volta e viu ossos espalhados no chão por perto. Em vez de apavorar-se mais ainda, o velho cão ajeita-se junto ao osso mais próximo, e começa a roê-lo, dando as costas ao predador ... 

Quando o leopardo estava a ponto de dar o bote, o velho cachorro exclama bem alto: -Cara, este leopardo estava delicioso ! Será que há outros por aí ? 
Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um arrepio de terror, suspende seu ataque, já quase começado, e se esgueirar  na direção das árvores. 

-Caramba! pensa o leopardo, essa foi por pouco ! O velho vira-lata quase me pega! 

Um macaco, numa árvore ali perto, viu toda a cena e logo imaginou como fazer bom uso do que vira: em troca de proteção para si, informaria ao predador que o vira-lata não havia comido leopardo algum.. . 
E assim foi, rápido, em direção ao leopardo. Mas o velho cachorro o vê correndo na direção do predador em grande velocidade, e pensa : 

-Aí tem coisa! 

O macaco logo alcança o felino, cochicha-lhe o que interessa e faz um acordo com o leopardo.O jovem leopardo fica furioso por ter sido feito de bobo, e diz: -'Aí, macaco! Suba nas minhas costas para você ver o que acontece com aquele cachorro abusado!' 
Agora, o velho cachorro vê um leopardo furioso, vindo em sua direção, com um macaco nas costas, e pensa: 

-E agora, o que é que eu posso fazer ? 

Mas, em vez de correr (sabe que suas pernas doloridas não o levariam longe...) o cachorro senta, mais uma vez dando costas aos agressores, e fazendo de conta que ainda não os viu, e quando estavam perto o bastante para ouvi-lo, o velho cão diz : 

-'Cadê aquele macaco? Tô morrendo de fome! 
Ele disse que ia trazer outro leopardo para mim e  não chega nunca! Imediatamente o leopardo se esquiva, sai para longe do cachorro e devora o macaco. 

Moral da história: não mexa com cachorro velho... idade e habilidade se sobrepõem à juventude e intriga. 
Sabedoria só vem com idade e experiência.

domingo, 19 de agosto de 2012

Um conselho que vale a pena.



Pois, nunca me importei em escolher com quem conversar e sobre que assuntos. Acho que o ser humano é feito assim: olha, imagina e sai conversando. Não importa a classe social, o nível intelectual ou a distância do relacionamento. Tudo simplesmente acontece, as pessoas começam a conversar e o tom do assunto encaixa dentro do nível intelectual dos protagonistas da conversação.
Iniciei este assunto para falar de algo muito inusitado que aconteceu esta semana comigo e com outra pessoa durante uma conversa e confesso que até eu me surpreendi pelo conselho que lhe dei. Mas, analisando agora, friamente, acho que foi um ótimo conselho que dei e se muitos fizerem assim, colocarão pessoas dignas e do bem a levar à frente nossa cidade nos próximos quatro anos.
Aconteceu assim:
Tem uma pessoa muito simples, humilde que vive de reciclagem de materiais. Todo o descarte de materiais aqui de casa damos a esta pessoa. Separamos inclusive o lixo reciclável para esta pessoa, o que é bom pra ela e pra Natureza.
Nesta semana, quando ele veio pegar os reciclados, passou uma outra pessoa entregando 'santinhos' para nós. Pegamos a propaganda política e assim que esta pessoa foi embora, este reciclador, simples, humilde, de pouco estudo, me disse:
- Sabe, que este ano peço comida pra todos os candidatos e quem me der, voto nele!
Amigos e amigas leitoras deste blog, por mais triste que seja, esta é a realidade em todo o nosso país. O brasileiro tem o vil costume de tentar tirar vantagem de candidato, sem se dar conta que botando esta laia no poder, vai ser estripado ao cubo porque político que compra também se vende.
Então, num lampejo disse a ele:
- Rapaz, tu estás certo! Pede rancho pra todos eles e aceita tudo o que te derem prometendo votar neles e conseguir votos para eles. 
Ele complementou:
- É. Daí vou votar dentre os que me beneficiarem o que mais me der.
Eu respondi:
- Não faça isto! Pede rancho pra todos eles, fala de tuas necessidades e quem te ajudar promete votar. Mas na hora de votar mesmo, risca da lista todos estes que te beneficiaram e vota em quem tu realmente achas que merece teu voto.
Ele retrucou:
- Mas, é injusto! Como é que eu vou ganhar de alguém e não lhe dar meu voto?
Eu disse:
- Cara! Realisa: estes idiotas que querem comprar teu voto com rancho, são os primeiros que se vendem por qualquer benefício depois de eleitos e fazem nosso município virar uma caca geral! Votar em quem te compra é votar em quem se vende. É isto que tu queres?
- Não! - Respondeu ele. - Quero políticos sérios pra me representar.
- Então, não vota em quem tenta te comprar. Mas aceita os ranchos que te derem. Eles precisam aprender que estão botando dinheiro fora e que não é deste jeito que se faz política.
Ele ficou feliz e agradeceu pelo conselho, dizendo que nunca tinha pensado neste sentido sobre os candidatos e que iria votar em quem lhe mostrasse propostas e objetivos e não, em quem o quisesse comprar com ranchos.
  Então, não custa relembrar: aceite todos os bônus dos maus políticos. Deixe eles gastarem e dilapidarem seu patrimônio e sentirem depois ainda que não foram eleitos. É nossa vingança para esta corja de oportunistas.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A história da KODAK de George Eastman


George Eastman

Ele deixou a escola, pois fora considerado um estudante "sem muitos talentos" ao ser avaliado pelas normas acadêmicas da época. Pobre e ainda jovem assumiu a responsabilidade de cuidar de sua mãe, viúva, e de suas duas irmãs, uma delas deficiente.

Iniciou sua carreira aos 14 anos de idade como office boy em uma companhia de seguros e depois trabalhou como atendente em um banco local.

Ele era George Eastman, e sua habilidade em superar adversidades financeiras, seu talento em organização e administração, e sua mente inventiva fez dele um empresário bem-sucedido quando ainda em seus 20 anos de idade, capacitando-o para dirigir sua empresa, a Eastman Kodak Company, uma das maiores empresas norte-americanas.

George Eastman.  
 
Mas construir uma multinacional e tornar-se um dos industriais mais importantes do país exigiram dedicação e sacrifícios. E isso não foi fácil.
Infância

O mais jovem de três filhos, George Eastman nasceu em 12 de julho de 1854, filho de Maria Kilbourn e George Washington Eastman, no vilarejo de Waterville, a uns 30 quilômetros ao sul de Utica, no estado de Nova York. A casa de Eastman fora a mesma onde seu pai nascera, e nela ele passou parte de sua infância. Hoje, a casa encontra-se no Genesee Country Museum em Mumford, Nova York, nas proximidades de Rochester.

Quando George tinha cinco anos de idade, seu pai mudou-se com a família para Rochester. Lá, o Sr. Eastman devotou sua energia para criar o Eastman Commercial College. Mas aconteceu uma tragédia. O pai de George faleceu, a escola faliu e a família viu-se em grandes dificuldades financeiras.

George continuou a freqüentar a escola até os 14 anos de idade. Então, forçado pelas circunstâncias, teve que começar a trabalhar.

Seu primeiro emprego, como mensageiro em uma companhia de seguros, rendia-lhe US$ 3 por semana. Um ano depois, ele passou a ser office boy em uma outra companhia de seguros. Por sua própria iniciativa, começou a cuidar do arquivo de apólices, e até mesmo a redigi-las. Seu salário passou para US$ 5 por semana.

Mas mesmo com esse aumento de salário, seus rendimentos não eram suficientes para cobrir os gastos da família. Começou então a estudar contabilidade em casa para conseguir um trabalho melhor.

Em 1874, após cinco anos trabalhando em companhias de seguros, ele foi contratado como atendente júnior no Rochester Savings Bank. Seu salário triplicou, passando para mais de US$ 15 por semana.

Os passos de um amador

Quando Eastman estava com 24 anos de idade, planejou uma viagem de férias para Santo Domingo. Quando um colega de trabalho sugeriu que ele registrasse a viagem, Eastman comprou um equipamento fotográfico com toda a parafernália de chapas úmidas que vogavam na época.

A câmera era tão grande quanto um forno de microondas e precisava de um pesado tripé. Ele também precisava de uma tenda para poder passar a emulsão fotográfica nas chapas de vidro para expô-las e revelá-las antes que secassem. Havia ainda químicos, tanques de vidro, pesados suportes de placas e uma jarra de água. Todo o equipamento "era uma carga de mula", como ele mesmo descrevera. E para aprender a fotografar ele gastou US$ 5.

Eastman não fez sua viagem a Santo Domingo. Porém, ficou totalmente absorvido pela fotografia e buscou modos de simplificar todo aquele complicado processo.

Auto-retrato em filme experimental.

Ele leu em revistas inglesas que os fotógrafos estavam fazendo suas próprias emulsões de gelatina. As chapas revestidas com essa emulsão permaneciam sensíveis após a secagem e podiam ser expostas para leitura. Usando uma fórmula tirada de periódicos ingleses, Eastman começou a fazer emulsões de gelatina.

Ele trabalhava no banco durante o dia e fazia seus experimentos à noite, na cozinha de sua mãe. Sua mãe dizia que por vezes Eastman estava tão cansado que nem mesmo conseguia despir-se, e dormia enrolado em um cobertor no chão da cozinha, ao lado do fogão.

Após três anos fazendo seus experimentos em fotografia, Eastman obteve uma fórmula que funcionava. Em 1880, ele não só tinha apenas inventado a fórmula para chapas secas, mas também havia patenteado uma máquina para preparo de chapas em grandes quantidades. Ele rapidamente vislumbrou a possibilidade de fazer chapas secas e vendê-las para outros fotógrafos.

O nascimento da empresa



Em abril de 1880, Eastman alugou o terceiro andar de um prédio na State Street, em Rochester, e começou a fabricar chapas secas para vender. Uma de suas primeiras aquisições foi uma máquina de segunda mão pela qual pagou US$ 125.

"Na verdade, eu precisava de apenas um cavalo de força", disse ele mais tarde. "Aquela máquina tinha dois cavalos de força, mas considerei a possibilidade do negócio crescer. Valia a pena, e então arrisquei."

Conforme sua empresa crescia, enfrentou pelo menos um colapso, quando as chapas secas se deterioraram nas mãos dos distribuidores. Eastman recolheu todas do mercado e as substituiu por chapas novas. "Refazer aquelas chapas consumiu até meu último dólar", disse ele. "Mas o que nos restou foi o mais importante: a nossa reputação."

O primeiro escritório de Eastman foi no terceiro andar deste prédio na State Street, em Rochester.

"Uma idéia brotou em mim gradualmente", disse mais tarde. "O que estávamos fazendo ali não eram meras placas secas, mas sim, estávamos tornando a fotografia algo do dia-a-dia." Ou, como ele descreveu, de forma mais sucinta, estavam tornando a fotografia "tão conveniente quanto um lápis".

Os experimentos de Eastman eram direcionados ao uso de um suporte mais leve e flexível do que vidro. Sua primeira tentativa foi usar papel e revesti-lo com emulsão fotográfica e depois carregar o papel em um suporte de rolo. O suporte era usado nas câmeras em lugar dos suportes para chapas de vidro.

As primeiras propagandas do filme, em 1885, diziam que "em breve, será lançado um novo filme sensível que se mostrará um conveniente e econômico substituto das chapas secas de vidro para trabalhos ao ar livre e em estúdio".

O sistema de fotografia usando suportes de rolos foi sucesso imediato. Contudo, o papel não era totalmente satisfatório ao se trabalhar com emulsões, pois seus grãos eram reproduzidos na fotografia.

A solução de Eastman foi revestir o papel com uma camada de gelatina solúvel e por cima desta uma camada de gelatina não-solúvel sensível à luz. Após a exposição e revelação, a gelatina que trazia a imagem era removida do papel, transferida para uma folha de gelatina transparente e recoberta com colódio – uma solução de celulose que forma uma película firme e flexível.

Conforme aperfeiçoava o filme transparente em rolo e o suporte para rolo, Eastman redirecionou completamente seu trabalho e definiu a base de sucesso de seu negócio em fotografia amadora.

Mais tarde ele disse: "Quando começamos a montar a fotografia em filme, esperávamos que todos os usuários de chapas de vidro mudassem para filmes. Mas nos demos conta de que esse número não era tão alto quanto pensávamos. Para poder aumentar o negócio, tínhamos que atingir o grande público".

Publicidade


A crença de Eastman na importância da propaganda, tanto para a empresa quanto para o público, era total. Os primeiros produtos Kodak foram anunciados nos grandes jornais e periódicos da época, e Eastman redigia suas próprias propagandas.

Eastman criou o slogan "Você aperta o botão, nós fazemos o resto" ao lançar a câmera Kodak em 1888, e em um ano essa frase ficou conhecida por todos. Mais tarde, com agências publicitárias desenvolvendo suas idéias, revistas, jornais, cartazes e outdoors exibiam a marca Kodak.

Participações em exibições em todo o mundo e a "Garota Kodak", com seu sorriso e diferentes estilos de roupas e câmeras a cada ano, conquistaram os fotógrafos em toda parte. Em 1897, a palavra "Kodak" brilhava em um painel luminoso na Trafalgar Square em Londres, um dos primeiros painéis desse tipo usado em publicidade.

Uma das primeiras propagandas com o slogan criado por Eastman.
Hoje, as propagandas da empresa aparecem em todo o mundo e a marca "Kodak", criada pelo próprio Eastman, é antiga conhecida de praticamente todos.
A palavra "Kodak" foi registrada como marca comercial em 1888. De tempos em tempos, novas especulações eram feitas sobre como o nome fora originado. Mas a verdade é que Eastman simplesmente inventou a palavra do nada.

Ele explicou: "Eu vislumbrei o nome. A letra "K" sempre foi minha favorita – uma letra incisiva. Foi apenas uma questão de combinar algumas letras, sempre começando e terminando com 'K'. E o resultado foi a palavra 'Kodak'". A cor amarela da Kodak, também escolhida por Eastman, é reconhecida em todo o mundo, um dos maiores patrimônios da empresa.

Graças ao gênio criativo de Eastman, hoje, qualquer pessoa pode tirar fotos com o simples pressionar de um botão. Ele fez de todos nós fotógrafos potenciais.

Beneficiando seus colaboradores

Além de seu gênio criativo, Eastman tinha em si qualidades humanas e democráticas, com uma visão marcante de como construir seu negócio. Ele acreditava que os funcionários mereciam algo mais do que salários justos – uma maneira de pensar muito além da visão empresarial de sua época.

Logo no início de seu negócio, Eastman começou a planejar uma forma de colocar "dividendos no salário" de seus funcionários. Sua primeira atitude foi, em 1899, distribuir uma soma substancial de seu próprio dinheiro – um presente – a cada pessoa que trabalhava com ele.

Câmera fabricada nos anos de 1890.



Mais tarde, ele estabeleceu o "Salário Dividendo", em que o empregado recebia benefícios além de seu salário proporcionalmente aos dividendos anuais das ações da empresa. O Salário Dividendo era uma inovação, representando uma grande parte da distribuição dos ganhos líquidos da empresa.

Eastman sentiu que a prosperidade da organização não estava, necessariamente, vinculada a invenções e patentes, mas sim à boa-vontade e lealdade de seus colaboradores, que por sua vez eram beneficiados com a participação nos lucros de seu trabalho.

Em 1919, Eastman deu um terço de suas ações da empresa, na época valendo US$ 10 milhões, a seus funcionários. Mais tarde ele lançou aquilo que, a seu ver, era sua responsabilidade com seus colaboradores: o estabelecimento de programas de aposentadoria, seguro de vida e pecúlio por invalidez. Com esses benefícios e o Salário Dividendo, os funcionários poderiam vislumbrar um futuro mais seguro.

Carl W. Ackerman, biógrafo, escreveu em 1932: "O Sr. Eastman fora um gigante em sua época. Sua filosofia social, a qual empregou ao construir sua empresa, não estava apenas além do pensamento da época, mas permaneceu na vanguarda nos anos que se seguiram, e passarão outros tantos anos até que seja reconhecida e aceita em sua totalidade".

Doando sua fortuna

Eastman é quase tão conhecido por seus atos filantrópicos quanto é conhecido por seu trabalho pioneiro em fotografia. Tanto nesse campo como em outros, ele direcionou seu trabalho com o entusiasmo de um colegial.

Ele começou a doar a instituições sem fins lucrativos quando seu salário era de US$ 60 por semana, oferecendo uma doação de US$ 50 a um estabelecimento recém-formado que lutava para se estabelecer, o Instituto de Mecânica de Rochester, hoje conhecido como Instituto de Tecnologia de Rochester.

Ele admirava também o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (M.I.T.), porque alguns de seus colaboradores haviam estudado ali, os quais se tornaram seus melhores assistentes. Essa admiração, após grandes considerações, traduziu-se em um generoso presente ao M.I.T.: US$ 20 milhões. A doação foi feita anonimamente por alguém de nome "Smith" e, por muitos anos, a identidade do "Sr. Smith" foi especulada e até mesmo mencionada em uma das populares canções do M.I.T.

A área odontológica também era de grande interesse para Eastman. Ele idealizou programas completos e apoio financeiro de US$ 2,5 milhões para os serviços odontológicos de Rochester. Depois, iniciou um programa odontológico preventivo em grande escala para crianças. Os programas odontológicos também foram aplicados em Londres, Paris, Roma, Bruxelas e Estocolmo.

Ao ser questionado por que havia favorecido a área odontológica, ele respondeu: "Os resultados do dinheiro aplicado são maiores do que em outros programas filantrópicos. É fato médico que crianças com boa aparência, boa saúde, dentes fortes e nariz, garganta e boca bem cuidados desde cedo têm mais chances na vida".

Eastman adorava a música e queria que outros desfrutassem de seus prazeres e de suas maravilhas. Assim, criou e subsidiou a Eastman School of Music, um teatro e a orquestra sinfônica. "É relativamente fácil empregar músicos talentosos. Mas é impossível comprar o gosto pela música. Assim, sem pessoas que possam apreciar os prazeres da música por apreciarem a música elas mesmas, qualquer tentativa de desenvolver recursos musicais em qualquer lugar do mundo estará fadada ao insucesso" disse ele. Assim, seu plano seguiu uma fórmula prática para expor o público à música, resultado que se vê em Rochester, que por décadas tem sua própria orquestra filarmônica.

O interesse de Eastman por hospitais e pela área odontológica cresceu ainda mais com seus estudos nesses campos. Ele promoveu e deu vida a um programa para desenvolver uma escola de medicina e hospital na Universidade de Rochester, tornando-se tão proeminente quanto a escola de música da universidade. Rochester está repleta de marcos de Eastman, que contribuíram para o enriquecimento social da comunidade.

Sua preocupação genuína com a educação dos afro-americanos concretizou-se no Instituto de Hampton e no Instituto de Tuskegee. Um dia, em 1924, Eastman assinou uma doação de US$ 30 milhões para a Universidade de Rochester, M.I.T., Hampton e Tuskegee. Quando repousou a caneta na mesa, disse: "Agora me sinto melhor".

Ao explicar as grandes somas doadas, ele disse: "O progresso do mundo depende quase que exclusivamente da educação. Selecionei um número limitado de beneficiados porque desejo cobrir certos tipos de educação e percebi que com os escolhidos eu veria um retorno mais rápido e direto do que se espalhasse o dinheiro aos quatro cantos".

De alguma forma, Eastman fazia com que os beneficiários dessem sua contribuição, de forma que a instituição tivesse segurança para manter-se por si só. Para ele, abundância e prosperidade ofereciam melhores oportunidades para servir.

Horas de lazer




Eastman era uma pessoa reticente e evitava publicidade. É um paradoxo que um homem cujo nome seja considerado sinônimo de fotografia apareça tão pouco em fotos em comparação aos grandes líderes de seu tempo. Ele podia andar pelas ruas de Rochester sem ser reconhecido.

Eastman viveu sua filosofia: "O que fazemos nas nossas horas de trabalho determina o que temos; o que fazemos em nossas horas de lazer determina o que somos". Um concorrente de peso, difícil de abater e prático nos negócios, ele era uma pessoa gentil em casa e com os amigos nos momentos de distração.

George Eastman relaxando em sua biblioteca.

Em suas primeiras viagens à Europa, ele visitava metodicamente as galerias de arte, e muitas vezes locomovia-se de bicicleta de um lugar para o outro. Quando pôde adquirir obras de arte, ele já havia aprendido o suficiente para poder dizer: "Eu nunca comprarei um quadro sem antes tê-lo em casa, no meu convívio". O resultado: sua casa transformou-se em uma galeria de arte, com um dos mais belos acervos particulares de arte.

A visão de um pioneiro

Ela era um homem modesto e despretensioso... um inventor, um comerciante, um visionário, um filantrópico... O campeão do envolvimento.

Eastman morreu por suas próprias mãos no dia 14 de março de 1932 aos 77 anos de idade. Atacado por uma desabilidade progressiva resultante do endurecimento das células das vértebras inferiores, Eastman sentiu-se extremamente frustrado pela impossibilidade de manter uma vida ativa e decidiu resolver o problema a seu modo.

"Eastman foi um fator estupendo na educação do mundo moderno", dizia um editorial no jornal New York Times após seu falecimento. "O que ele conquistou com seus talentos inatos, ele devolveu generosamente à raça humana para seu próprio proveito: amparo à música, subsídios ao aprendizado, apoio à pesquisa e ensinamentos científicos, e promoção da saúde e do bem-estar da humanidade, ajudando os menos favorecidos na sua luta em busca de uma vida melhor, transformando sua própria cidade em um centro artístico e glorificando seu país perante o mundo."

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Os Benefícios da Pimenta


                                                                              (circula na internet)
 Pimenta (Piri-piri)  Quem coloca a pimenta no dia-a-dia está levando, além de tempero,  uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório,  xarope, vitaminas, benefícios que os povos primitivos descobriram  há milhares de anos que agora estão sendo comprovados pela ciência. 


A pimenta do reino faz bem à saúde e seu consumo é essencial para  quem tem enxaqueca. Essa afirmação pode cair como uma surpresa para  muitas pessoas que, até hoje, acham que o condimento ardido deve ser  evitado. A pimenta traz consigo alguns mitos, como por exemplo o de que  provoca gastrite, úlcera, pressão alta e até hemorróidas.. Nada disso  é verdade. Por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram  justamente o oposto! A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é  exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde. 



No  caso da pimenta-do-reino, o nome da substância é piperina. Na  pimenta vermelha, é a capsaicina. Surpresa! Elas provocam a liberação de endorfinas - verdadeiras  morfinas internas, analgésicos naturais  extremamente potentes que o  nosso cérebro fabrica! O mecanismo é simples: Assim que você ingere  um alimento apimentado, a capsaicina ou a piperina ativam receptores  sensíveis na língua e na boca. Esses receptores transmitem ao  cérebro uma mensagem primitiva e genérica, de que a sua boca estaria  pegando fogo. Tal informação, gera, imediatamente, uma resposta do  cérebro no sentido de salvá-lo desse fogo: você começa a salivar,  sua face transpira e seu nariz fica úmido, tudo isso no intuito de  refrescá-lo. Além disso, embora a pimenta não tenha provocado nenhum  dano físico real, seu cérebro, enganado pela informação que sua boca  estava pegando fogo, inicia, de pronto, a fabricação de endorfinas,  que permanecem um bom tempo no seu organismo, provocando uma  sensação de bem-estar, uma euforia, um tipo de barato, um estado  alterado de consciência muito agradável, causado pelo verdadeiro banho de  morfina interna do cérebro. E tudo isso sem nenhuma gota de álcool!  



Quanto mais ardida a pimenta, mais endorfina é produzida! E quanto  mais endorfina, menos dor e menos enxaqueca. E tem mais: as substâncias picantes das pimentas (capsaicina e  piperina) melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago.  Possuem efeito carminativo (antiflatulência). Estimulam a circulação  no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde  que, é claro, outras medidas alimentares e de estilo de vida sejam  aplicadas conjuntamente. Existem cada vez mais estudos demonstrando a potente ação  antioxidante (antienvelhecimento) da capsaicina e piperina. Pesquisadores do mundo todo não param de descobrir que a pimenta,  tanto do gênero piper (pimenta-do-reino) como do capsicum (pimenta  vermelha), tem qualidades farmacológicas importantes. Além dos princípios ativos capsaicina e piperina, o condimento é  muito rico em vitaminas A, E e C, ácido fólico, zinco e potássio.  Tem, por isso, fortes propriedades antioxidantes e protetores do DNA  celular. Também contém bioflavonóides, pigmentos vegetais que  previnem o câncer. 



Graças a essas vantagens, a planta já está classificada como  alimento funcional, o que significa que, além de seus nutrientes,  possui componentes que promovem e preservam a saúde. Hoje ela é  usada como matéria-prima para vários remédios que aliviam dores  musculares e reumatismo, desordens gastrintestinais e na prevenção  de arteriosclerose. Apesar disso, muitas pessoas ainda têm receio de consumi-la, pois  acreditam que possa causar mais mal do que bem. Se você é uma delas,  saiba que diversos estudos recentes têm revelado que a pimenta não é  um veneno nem mesmo para quem tem hemorróidas, gastrite ou hipertensão 


DOENÇAS QUE A PIMENTA CURA E PREVINE 


Baixa imunidade - A pimenta tem sido aplicada em diversas partes do  mundo no combate à aids com resultados promissores. 



Câncer - Pesquisas nos Estados Unidos apontam a capacidade da  capsaicina de inibir o crescimento de células de tumor maligno na  próstata, sem causar toxicidade. Outro grupo de cientistas tratou  seres humanos portadores de tumores pancreáticos malignos com doses  desse mesmo princípio ativo. Depois de algum tempo constataram que  houve redução de 50% dos tumores, sem afetação das células  pancreáticas saudáveis ou efeitos colaterais. Já em Taiwan os  médicos observaram a morte de células cancerosas do esôfago. 



Depressão - A ingestão da iguaria aumenta a liberação de noradrenalina e adrenalina, responsáveis pelo nosso estado de  alerta, que está associado tb à melhora do ânimo em pessoas  deprimidas. 



Enxaqueca - Provoca a liberação de endorfinas, analgésicos naturais  potentes, que atenuam a dor. 



Esquistossomose - A cubebina, extraída de um tipo de pimenta  asiática, foi usada em uma substância semi-sintética por cientistas  da Universidade de Franca e da Universidade de São Paulo. Depois do  tratamento (que tem baixa toxicidade e, por isso, é mais seguro), a  doença em cobaias foi eliminada. 



Feridas abertas - É anti-séptica, analgésica, cicatrizante e  anti-hemorrágica quando o seu pó é colocado  diretamente sobre a pele  machucada.   Gripes e resfriados - Tanto para o tratamento quanto para a  prevenção dessas doenças, é comum recomendar a ingestão de uma  pequena pimenta malagueta por dia, como se fosse uma pílula.   Hemorróidas - A capsaicina tem poder cicatrizante e já existem  remédios com pimenta para uso tópico. 



Infecções - O alimento combate as bactérias, já que tem poder  bacteriostático e bactericida, e não prejudica o sistema de defesa.  Pelo contrário, até estimula a recuperação imunológica. 



Males do coração - A pimenta caiena tem sido apontada como capaz de  interromper um ataque cardíaco em 30 segundos.. Ela contém  componentes anticoagulantes que ajudam na desobstrução dos vasos  sanguíneos e ativam a circulação arterial. 



Obesidade - Consumida nas refeições, ela estimula o organismo a  diminuir o apetite nas seguintes. Um estudo revelou que a pimenta  derrete os estoques de energia acumulados em forma de gordura  corporal. Além disso, aumenta a temperatura (termogênese) e, para  dissipá-la, o organismo gasta mais calorias. As pesquisas indicam  que cada grama queima 45 calorias. 



Pressão alta - Como tem propriedades vasodilatadoras, ajuda a  regularizar a pressão arterial.