sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Hora da Faxina - Acomodados




 Acomodados

   Talvez uma das maneiras mais comuns na vida das pessoas, por elas serem o que são ou por terem o que tem, simplesmente são culpa da acomodação. É incrível ver tantas pessoas estagnadas, travadas, desestimuladas, porque não tomam iniciativas em sua vida, seu trabalho, seu relacionamento.
   No relacionamento, uma acomodação pode ser perigosa. Por que? Porque geralmente limita a pessoa acomodada, a deixando infeliz, sem estímulo, atada a uma rotina que não mais satisfaz por não trazer novidades e por fazer com que tudo isto machuque já que nem mais atura a companhia, e esta situação não faz bem. Acomodar-se por conveniência, para 'não prejudicar os filhos', ou porque tem parte no patrimônio que ajudou a levantar com o 'suor do seu rosto', ou porque assim está bom, 'tem como manter-se financeiramente', ou então, para não ter que ficar ouvindo o que os outros vão falar, é tão grave e deprimente que dá pra classificar como uma doença de alma. Então machuca o organismo e a harmonia de pensamentos porque a alma está doente. E sair deste processo sempre exige decisões drásticas, tirando da acomodação e fazendo agir. O resultado é imediato, a alma cura na hora, libertando a corpo e a mente.
   No dia-a-dia, muito se lê e se ouve falar em dar o primeiro passo, em 'peitar', em entrar no ritmo das coisas novas que o mundo moderno oferece se reciclando e entrando num patamar mais alto profissionalmente, ou que seja só pela satisfação de evoluir com a tecnologia e assim saber que está ainda inserido no mundo que a cada minuto se recicla. Porque envelhecer falando só no passado vai espantar muitos que talvez quisessem discutir atualidades, principalmente novos recursos tecnológicos. Muitas vezes em encontros acaba falando sozinho.
   Profissionalmente, por acomodação, muitas pessoas passam a vida inteira fazendo o que não gostam por não terem vontade ou coragem de entrar em novo ramo de atividades, que fosse fechar com o que sempre desejou fazer. E tem muitas explicações para isso, mas o maior fator mesmo é por que estão acomodados em sua profissão que está pagando suas contas e ajudando a realizar alguns sonhos. Até podem ter momentos de felicidade no meio desta jornada, porque realizar sonhos sempre traz grandes satisfações. Só que assim que passou o momento, já vem de novo o sonho que martela o ano inteiro: as férias.
   Acomodar-se pode deixar a vida mais tranquila. Mas torna seu dia mais improdutivo e seu sono mais tumultuado por nunca se sentir com a missão realmente cumprida. Sempre vai faltar aquele momento em que pensaria: "Nossa, como amei fazer e terminar isso!"
     
  

  

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Uma ano e dois meses sem Bere, Viúvo



Um ano e dois meses sem Bere, viúvo.


   Hoje fazem catorze meses que Bere foi levada de mim para outro plano. Talvez muitos que passem pela mesma situação já, depois de tanto tempo, estejam aptos a entrar numa nova era, refazer suas vidas, sua rotina, seu mundo, enfim, redefinir seus dias em outro patamar. Que bom! Quisera isso fosse comigo também. Mas não é, não consigo. A rotina em si se refêz e consigo conciliar minhas tarefas normalmente. Mas, ainda estou muito ligado a ela emocionalmente e isto me gera limitações. Nosso amor incondicional que em vida não mediu esforços, nos mantém ligados.
   Bere e eu éramos um todo, uma simbiose difícil de explicar. Algo como o tempero certo no prato certo na medida certa. Quando ela partiu, eu não perdi minha cara metade, mas, perdi metade de mim. O que é bem diferente. Metade de mim é como deixar metade do meu ser inerte, sem conseguir mais reagir, comprometendo meu resto. E foi deste jeito que me senti durante ao menos os 4 primeiros meses após sua partida, até aos poucos, na medida do possível me sentir de novo como um todo. Nada mais interessava: se tivesse ou não mil reais, paciência, era um troco que não fazia falta. Se a comida era saudável ou não, que diferença fazia? Afinal, uma morte besta sem aviso prévio ceifou ela apesar de todos os cuidados que mantinha com sua alimentação e sua saúde. Compromissos? Só os realmente imprescindíveis. Festas? Somente para fazer a participação social, pois sem Bere, qual seria o sabor da festa? De água. Somente isso, insossa, inodora, incolor. Então, já por diversas vezes alguns disseram: "Mas na festa pode encontrar alguém especial, que pode fazer a diferença, quem sabe, mexer com teus sentimentos, algo novo!" - Lógico, pode fazer a diferença: e eu me sentir não a vontade pelo assédio, como já aconteceu, e sair antes da festa por me achar completamente deslocado no contexto. E, que pena, a mulher maravilhosa, coitada, de conversa bacana, lindo olhar, doce companhia, ficar ali, achando que tinha me feito mal. O mal é que tudo para mim, apesar dos quatorze meses ainda está recente. Um ano e dois meses é pouco. Ainda me sinto traindo Bere. Não dá pra explicar, mas em meu íntimo sinto isto. E isto me machuca pois jamais pensaria em sequer trair Bere em pensamento, quem dirá em ação.
  Bere e eu nos amávamos tanto que eu me tornei dependente dela e ela se tornou minha dependente. Não fazíamos mais nada sem a anuência do outro. Uma soma de situações que mostravam que amar é acima de tudo, colocar lado a lado divergências para se tornarem simbioses que acabavam sendo somas. E eu, melhor nós, nos amamos demais. Bere era o tipo de pessoa que só de seu olhar já se extraia amor. Imagina comigo, que fui sua grande e única paixão, o quanto de amor em seu olhar ela mostrava, e o quanto de amor vivemos! São marcas indeléveis, que ficam guardadas, mas que vez ou outra afloram à revelia. E bate a saudade. E choro. Lembrar acontecimentos de um amor maior é muito mais doído do que lembrar a rotina que vivemos. Por isso a emoção tão forte. E não existe um 'apagador de sentimentos', um 'feeling cleaner.' Existe a depuração lenta, que o tempo e a distância se encarregam em fazer, para deixar de sermos tão ligados. O processo é lento. Mas estou nele e tenho certeza de que um dia voltarei a olhar mais para fora do meu mundo do que para dentro dele, deixando a presença de Bere como uma memória gostosa de sentir, pois ela só me fez bem, ela só somou. E, quem sabe, vou voltar a gostar de festas e de seus assédios inevitáveis.
   

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Hora da Faxina: Aparência



Aparência

   Eis aqui um tema onde fica muito difícil dar pitaco na vida dos outros, afinal, cada um se mostra do jeito que se acha mais charmoso. Mas, o que é melhor: se fazer charmoso, estar charmoso, ou se sentir charmoso? Partindo deste princípio, acho que o melhor é se sentir charmoso. Por que? Explico!
   Se fazer charmoso é cultivar diversos cuidados sobre sua aparência para  tentar de alguma forma impressionar. Nem que seja somente para impressionar alguém. Geralmente quem se faz charmoso perde uma boa parte de seu tempo em cuidados pessoais exagerados para tentar trazer o máximo de sua aparência para quem quer se mostrar. Seria o 'photoshop' da vida real.
   Tem pessoas que acordam horas antes somente para em todas as manhãs voltar a 'esculpir' todos os detalhes como sobrancelhas, bigodes, cavanhaques, maquiagem, cabelo, enfim, um processo diário para recompor este lado de se fazer charmoso e impressionar. Uma amiga minha levava todos os dias quinze minutos maquiando uma pinta na bochecha para escondê-la, até que um dia resolveu tirar. Mas, para causar uma impressão de charme não importa o tempo usado para este fim. A pessoa só se sentirá segura depois de passar por todo este processo diário.
   Continuando, quero agora falar sobre estar charmoso. Bom, este é o tipo de sensação que os outros cultivam em relação a gente. Estar charmoso quer dizer que fecha com a ocasião, com o evento, enfim, que tem uma posição bem especial no âmbito geral, pois todos vêem que a pessoa tem algo que chama a atenção. Muitas vezes são seus trejeitos, suas atitudes, seu comportamento, a forma como ri, como fala, como se comporta. Uma pessoa que está charmosa, talvez até tenha cuidados especiais como o que se faz charmoso, mas diferente do primeiro, eles têm uma forma de cativar sem precisar apelar para a aparência.
   Finalmente, o que é 'se sentir charmoso'?
   Se sentir charmoso é ter receptividade, atenção, carinho, simpatia e o respeito das pessoas. Independentemente da aparência, condição social ou meio em que vive. Se sentir charmoso é ser o polo das atenções em momentos onde muitas vezes nem espera. Porque este é um dom pessoal, ele não é criado. Ele vem de dentro da pessoa que aprende a cultivá-lo e a partir dali contagia quem se aproxima pela sua forma humilde de se apresentar, mas ao mesmo tempo a polarização magnética que exerce por sua índole, seu comportamento, sua sinceridade. Se sentir charmoso é transbordar de dentro de si como realmente é, indiferentemente de cabelo, sobrancelhas, cavanhaque ou seios.
   Como já se diz desde muito antigamente: A aparência pode estar escondendo a realidade. Ou, como minha avó nos ensinou desde pequenos: "Cuidado com as pessoas que repartem seu cabelo num alinhamento retilíneo impecável. Se têm tempo para isso, pode faltar para coisas mais importantes."

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Culinária: Salada de casca de Bergamota (Mexerica)



   Quando estávamos em plena festa da bergamota aqui em São Sebastião do Caí que é a terra da bergamota, numa conversa entre amigos surgiu a dúvida: será que só dá para fazer pratos doces com a bergamota? 
   Então um dos amigos, que estava tentando adaptar a melhor receita para a cuca de bergamota disse que talvez pudesse substituir o suco de laranja pelo de bergamota no frango. Fiz o teste e ficou horrível o sabor. 
   Numa rodada seguinte, ainda falando sobre fazer prato salgado com bergamota, tive uma ideia: quem sabe a casca da bergamota não dá um prato não doce? Lancei o desafio.
   Como acho a cor da casca da bergamota muito linda, resolvi tentar uma salada. 
   Depois de mais de 10 testes, finalmente o prato ficou perfeito e muito saboroso. Salada de casca de bergamota do tipo Cahy.


  Aqui está a receita:


Salada de Casca de Bergamota com cebola:

Ingredientes:
A casca de uma bergamota Cahy
1 cebola média
vinagre

Preparo:
Corte a bergamota no meio. Retire o miolo. Corte em tiras finas a casca. Em uma panela coloque no fogo com água. Deixe levantar fervura. Dispense a água. Acrescente a cebola cortada em tiras e acrescente água de novo até cobrir. Deixe levantar fervura e dispense novamente a água. Acrescente água até cobrir e ferva durante 15 minutos. Esfrie na água fria e tempere com vinagre. Não use sal para a casca não ficar amarga.
Fica deliciosaaaaaa.

domingo, 16 de novembro de 2014

Culinária: Rocambole de Carne Moída




Rocambole de carne moída:

Ingredientes:
1kg de carne moída primeira
150g de bacon
150g de presunto
150g de queijo muzzarela
1 cebola pequena
1 tomate grande
2 dentes de alho
uma pitada de orégano
Sal e pimenta a gosto

PREPARO:
pique o alho, a cebola e o bacon miudinho e misture com a carne moída. Tempere com sal e pimenta, misture até virar uma massa.
Abra em cima de filme plástico numa superfície.
Cubra esta massa com queijo, depois presunto, depois tomate cortado em rodelas finas, e salpique orégano por cima.
Com cuidado enrole a carne com o recheio com a ajuda do filme plástico. Coloque dentro de uma forma com a emenda (o fim do enrolamento) para baixo e leve em forno pré aquecido 200 graus durante uma hora, ou até o tomate não liberar mais seu suco.
Bom apetite!!!!!






sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Culinária: Coxinhas da Asa de Frango empanados na Maionese e farinha de Pão




Coxinha da asa no forno à milanesa com maionese:

Ingredientes:

18 coxinhas da asa de frango
1 sachê de maionese 250 g
200 g de farinha de pão
1 colher de sopa rasa de colorau
1 cebola pequena
sal, Gril e pimenta do reino branca a gosto.

Preparo:

Lave as coxinhas e escorridas coloque numa bacia. Acrescente o sal, o Gril, a pimenta e o colorau, ainda sem misturar. Pique a cebola bem fininho e acrescente na bacia. Agora, com as duas mãos vá mexendo as sobrecoxas por pelo menos 5 minutos, para agregarem o máximo de tempero em toda a sua extensão. Você verá o ponto quando o colorau não mais mostrar pintinhas, ficando o frango vermelhinho. Acrescente o sachê de maionese (eu uso Lisa ou Oderich) e misture mais uma vez com as duas mãos até a maionese agregar todas as peças uniformemente.

Passe cada sobrecoxa por vez pela farinha de pão e vá colocando em forma seca, sem untar. Coloque em forno pré aquecido a 220º por 45 minutos, ou até estiverem bem douradinhos.

Rende 4 porções quando acompanhado de arroz ou batata no vapor.

DICA: Vá guardando os restos de cacetinhos e pão de sanduíche no freezer. Quando tiver uma quantidade suficiente para fazer sua própria farinha de rosca, retire do freezer e congelado bata com um martelho de bifes ou socador de feijão até virar farelo. Vá peneirando e o que sobrar bata de novo até tudo estar virado em farinha. É prático de fazer e você não desperdiça as sobras. Aliás, a farinha de rosca vendida nas prateleiras do supermercado não presta. Se não tiver condições de fazer em casa, prefira a que é produzida nas próprias padarias.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Hora da Faxina: O Chato




O Chato

   Em todos os lugares sempre existe aquele chato que se destaca pelo seu modo intrometido de se comportar. Sim, não existe chato se não for intrometido. Seja da forma que for, sempre vai meter o bedelho ou a colher onde não foi convidado, deixando muitas vezes as pessoas onde houve a intromissão sem jeito, deslocadas.
   Também existe aquele que fica chato de tanto tocar flauta ou bater boca por um resultado que lhe foi favorável ou desfavorável. Tanto no futebol como na política tem estes chatos que se julgam os reis da cocada e então chateiam de tanto debochar ou querer impor sua convicção. Mas não é destes chatos que quero falar. Quero falar do primeiro, aquele que sabe te deixar realmente possesso da vida pela situação a que te mete. 
   Eles geralmente são os donos da verdade, sabem melhor que ninguém tudo sobre todas as situações ou produtos, ou marcas, e falam como se fossem os detentores de um conhecimento acima do ser humano normal e mortal. O mais estranho é que eles têm sempre tempo para perder para abordar a gente e tentar inculcar em nossa memória suas convicções. São ratos de lojas, supermercados, ferragens, bazares, enfim, onde tem diversos produtos para vender, são o prato cheio para eles praticarem seu bullying informativo a fim de convencer a nós, viventes ignorantes, sobre as vantagens de certos produtos em detrimento de outros.
   Aqui em nossa cidade tinha um que era particularmente um chato ao cubo. Ele chegava a irritar pela sua intromissão em nossas compras, principalmente no supermercado, pois sabia mais e melhor tudo sobre todos os produtos. Quando encontrava esta criatura entre as prateleiras do supermercado eu já desviava para outros corredores para não cruzar por este chato. Mas, inevitavelmente, quando menos esperava, estava ele fungando no cangote e comentando sobre algum produto que havia pego para ler sobre suas propriedades. Ele se metia em tudo:
   - Não compra ovos de casca branca por serem mais baratos porque eles são mais porosos e a salmonela pode atravessar a casca. ...Eu não compraria óleo de milho. Ele vai adoçar sua comida... 
   Ou então dizia:
   - Não compra a batata rosa porque ela precisa de muitos agrotóxicos para se criar. A branca não é tão gostosa mas é mais genérica, portanto não precisa de tantos agrotóxicos. ...Tomate é uma bomba de veneno, não compra. ...Faz favor!!! Comprando espigas de milho??? Sabia que ele é transgênico? Não ouviu falar sobre o perigo dos transgênicos? ...Leva um pé de alho-poró porque ele previne a gripe.
   Putz, comprar assim vai além de uma tortura, já é quase uma lavagem cerebral. Em vez de descontrair comprando tranquilamente o que quer levar para casa, tem o chato a tiracolo dando palpite onde não foi chamado.
   Certo dia, estávamos eu e Bere fazendo compras no Super Cruz, aqui do lado de casa. Iríamos começar a incluir o azeite de oliva em nossas refeições. Então, estávamos nós dois ali, olhando as marcas e suas descrições, para fazer uma decisão a respeito do que seria o mais indicado, quando este mesmo chato chegou e arrancou a garrafa de azeite das mãos de Bere e disse que aquele não era azeite bom porque ele não era prensado a frio. Nós só ficamos olhando. Bere cruzou os braços. E ele arrancou outra garrafa da prateleira e deu para ela dizendo que este era o melhor do mercado. Bere, pegou a garrafa, olhou, em seguida aproximou da cara dele, quase enfiando a garrafa em sua boca e disse com toda a calma que lhe era peculiar nestas situações:
   - Enquanto sou eu quem paga as minhas compras, eu escolho e decido o que quero levar para casa. Entendeu, seu velho chato? Ou quer que eu escreva? ... Sou mais nova que você, mas vou lhe dar um conselho: "Vai pentear tapetes, talvez isto o distraia o bastante para não vir chatear de novo aqui no supermercado!"
   Depois daquele dia nunca mais vi o velho chateando neste supermercado.
   

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Culinária: Pizzanesa (pizza de bife à milanesa)





   Para você que não gosta de massa de pizza, ou prefere algo mais substancioso como carne na hora daquela famosa pizza chegar  à mesa, que tal esta pizzanesa, que ao invés de usar massa de pizza para a base dela, usa bifes à milanesa? 
   É uma receita muito saborosa que vai fazer a festa em sua casa, ou para surpreender num jantar a dois.

                                      


PIZZANESA (PIZZA DE BIFE À MILANESA)

INGREDIENTES PARA OS BIFES:

500 g de coxão mole
2 ovos
100 g de farinha de mandioca
sal e pimenta a gosto
óleo para fritar

Preparo:
Cortar os bifes em porções pequenas e temperar. Bater os ovos com 2 colheres de água até ficarem homogêneos. Passar os bifes no ovo e empanar na farinha de mandioca. Fritar até ficarem dourados. Deixar esfriar.

INGREDIENTES PARA A PIZZANESA:
150 g de biscoito mignon (vovó sentada)
1 sachê de creme de leite 100g
150 g de queijo mussarela fatiado
80 g de queijo cheddar
150 g de linguiça calabresa
1 lata de seleta de legumes 200g
1 tomate rasteiro
2 colheres de extrato de tomate.

MODO DE PREPARAR:
Colocar os bifes num refratário forrando todo o fundo dele. Esmagar grosseiramente os biscoitos mignon e misturar a eles o creme de leite até a massa ficar homogênea. Espalhar esta massa sobre os bifes fazendo uma camada. Colocar sobre esta camada as folhas de queijo mussarela fazendo uma camada. Espalhar o extrato de tomate com uma faca, fazendo uma fina camada sobre todo o queijo.
Esmagar o queijo cheddar com as mãos até ficar grosseiramente esfarelado e espalhar por cima do outro queijo em todo o prato. Picar a calabresa miudinho e espalhar por entre o cheddar. Picar o tomate miudinho e espalhar também sobre todo o prato. Escorrer a lata de seleta de legumes e espalhar por cima de todo o prato. Colocar em forno (não precisa ser preaquecido) por meia hora, ou até ver que a cobertura ficou cozida.
Rende 5 porções.


Hora da Faxinha - Rosicleide



   Rosicleide

   Rosicleide é uma trintona, daquelas que chamam a atenção de longe. Ela é espalhafatosa, caminha chacoalhando todo o corpo e mesmo sem falar, parece estar sempre gesticulando. Imagina só sua eletricidade nos braços e mãos quando está falando! É algo teatral. Ela tem os cotovelos um pouco desviados para dentro, então está sempre de braços semiabertos. Seu porte físico é do tipo de mulher espraiada, que não dá bola para estética, muito menos para peso ou barriguinha. Adora caipirinha adoçada com coca cola e deixa muitos homens no chinelo quando o assunto é quanto aguenta beber sem cair.
   Seu nome veio da junção do nome dos pais. Ele era Rosimar e ela Anacleide. Há uns anos era charme juntar o nome do pai e da mãe para compor o nome do filho colocando parte do nome da mãe e depois do pai, e no caso de filha, invertiam, e deu neste nome bem anos oitenta, Rosicleide. Fosse rapaz, certamente teria sido batizado de Cleidemar. Junções interessantes que formavam nomes exóticos. Conheço os irmãos Dilcesleu e a Elisdilce, ainda a Elisléia, que são filhos de Eliseu e Dilceléia. E por aí vai, de formas originais, impossíveis de repetir o nome.
   Mas, Rosicleide havia saído de um casamento mal realizado, onde tudo o que de bom que ela trouxe consigo foi a filha, a Ystefany. Sim, assim mesmo, afinal, sem ipselone no nome não parece chique. Ela ficou juntada com o repositor de estoque de uma loja de eletrodomésticos, o qual a tratava como se fosse um deles. Nunca deu um carinho ou um buquê de flores para ela. Só dor de cabeça. A vida dela era um inferno, até que um certo dia, resolveu dar um basta nesta vida de mercadoria e lhe deu o fora.
   O cara começou a chorar feito criança, vindo a ajoelhar no chão na frente dela. Nunca tinha demonstrado este tipo de sentimento, nunca havia chorado, muito menos mostrado sofrimento por algo que o incomodasse. Mas o fora de Rosicleide o deixou nocauteado. A cena, apesar de bem tensa ficou muito engraçada, porque na hora de seu lamento, ajoelhado mesmo, ele pegou do bolso um cartão de visitas que havia recebido de uma cliente da loja onde trabalhava, que era florista e estava oferecendo seus serviços. Tirou seu celular do outro bolso, e pingando lágrimas sobre o aparelho discou o número que tinha no cartão. Rosicleide esta atônita, sem entender nada daquela cena. A ligação se completou e ele chorando, soluçando, falou:
   - Alô! É da floricultura Flor de Conquista? ...Eu quero um buquê de flores agora mesmo aqui em casa. ... Não muito caro porque não recebi meu pagamento ainda.
   O choro rolava solto, Rosicleide de alma cortada, até com pena do que estava acontecendo, mesmo assim ficou irredutível, esperando o desfecho da ligação. O rapaz, após ouvir o que a florista falou, aumentou a intensidade do choro, dizendo:
   - Tudo isto??? Eu só tenho dez reais, mas preciso dar um buquê de flores para minha mulher! Senão ela separa, será que você não entende? 
   - ...
   - Então tá. Vou culpar você pela minha separação!
   - Desligou o telefone e continuando como o choro disse:
   - Eles não tem buquês de dez reais, disseram que dava só duas rosas. Quem sabe, Rosicleide, espera até o próximo pagamento antes de separar, pra ver que eu sei dar flores também.
   Então Rosicleide respondeu:
   - Nem que me desse a floricultura inteira eu voltaria atrás.
   E ele, parando o choro falou desdenhando:
   - Consumista! 

Culinária - Massa (macarrão) de Forno




Quem não passa aquele momento onde quando depois do almoço descobre que aquele meio quilo de macarrão que fez deixou sobrando mais da metade porque a turma não estava com todo aquele apetite? Aqui uma maneira bem original de reaproveitar a massa no dia seguinte, fazendo um prato delicioso.

Massa de forno

Ingredientes:

250g de massa média cozida.
1 colher de manteiga ou margarina.
500g de carne moída I
1 cebola grande
1 dente de alho médio
1 colher de extrato de tomate
Sal e pimenta do reino a gosto
Óleo para preparar a carne

Para a cobertura
150g de queijo mussarela
150g de linguicinha calabresa
1 tomate rasteiro.
Orégano

Modo de preparar.

Cozinhe a massa como se fosse para macaronada enquanto vai preparando a carne moída. Jogue a carne com a cebola picada miudinha na panela. Depois que a carne criou água acrescente o sal e a pimenta e o dente de alho picado fininho. Deixe cozinhando mexendo constantemente. Quando tiver secado e começar a fritar, acrescente a colher de extrato de tomate e umas 5 colheres de água misturando bem. Quando tiver secado, a carne está pronta.

Modo de montar.
Ligue o forno em 300 graus.
Enquanto a carne está preparando, pique a calabresinha grosseiramente para não ficar em rodelas e ter uma aparência mais bonita. Reserve. Pique o tomate também grosseiramente e reserve.
Escorra a massa. Devolva à panela e misture a manteiga na panela sobre fogo brando até ela desmanchar dentro da massa.
Coloque a massa num refratário espalhando ela uniformemente. Cubra com a carne moída. Cubra toda a superfície da carne com as folhas de queijo. Espalhe por toda a superfície a linguicinha calabresa e depois o tomate. Polvilhe o orégano em pequena quantidade sobre toda a superfície. Leve ao forno super aquecido por 10 minutos, ou olhando, quando o queijo e a linguicinha começarem a dourar.






terça-feira, 4 de novembro de 2014

Culinária: Linguiça Toscana (salsichão) a la Pio




Salsichão a la Pio

Você que gosta de fazer pratos diferentes para impressionar seus convidados sem passar trabalho, tem aqui uma receita fácil de fazer, rápida e que vai tecer muitos elogios. Só três ingredientes formam a receita e não há necessidade de outros temperos, a não ser os embutidos no salsichão (linguiça toscana)

INGREDIENTES:
8 salsichões
1 cebola grande
1 sachê de creme de leite.

ACOMPANHAMENTO:
8 cacetinhos (pão francês, cervejinha)
1 Tomate médio cortado em rodelas.
Salada de alface
Mostarda.



Corta os salsichões em rodelas e coloca em bifeira para fritar, com o fundo da bifeira untada com óleo, virando a carne sempre, até que a aparência dos salsichões é de frito. Acrescentar a cebola picada miudinha. Deixar a cebola se transformar de crua a frita, sempre dando choquinhos de água fria. O processa leva uns 20 minutos. Quando  cebola estiver desaparecendo no meio do salsichão, acrescente um sachê de creme de leite, misturando sempre até o creme de leite ficar dourado e quente. Servir com rodelas de tomate, alface e mostarda no meio do pão.

Pequenas Mentiras, Meias Verdades - Histórias de Mascates



Histórias de Mascates

Era um lugar bem longe, na colônia, onde uma bela historinha se criou. E, como antigamente sempre era, lá também chegavam os mascates de longe para venderem seus artigos.
Assim, numa bela manhã chegou um mascate até a vila, montado em seu cavalo. Ele encontrou em sua entrada um rapaz. Então ele parou e perguntou ao rapaz:
- Por onde é o caminho mais fácil para eu chegar até a pensão?
O rapaz respondeu:
- Existem dois caminhos: um comprido e um curto. Se tomares o caminho curto, demora mais a chegar no destino e quando tomares o caminho maior leva menos tempo para chegar lá.
O mascate achou estranha esta resposta, imaginando que o rapaz estivesse louco. Então, para testar seu grau de sanidade perguntou:
- Você tem pai? Onde ele está?
- Ele está no mato caçando! - Respondeu o adolescente. - Tudo o que ele caça no mato e mata, ele deixa lá e tudo o que ele encontra vivo, traz junto para casa.
- Isto é verdade? - Perguntou o mascate. O rapaz respondeu:
- Claro! E Ele caça muito e trás também muito vivo para casa.
O mascate coçou incrédulo seus cabelos e pensou de si para consigo: "Este rapaz está completamente doido! Com certeza não dá para ir atrás do que ele diz!"
Como última cartada ele pensou para consigo em fazer mais uma pergunta, e se o rapaz respondesse corretamente, sem metáforas, poderia talvez levar um pouco de crédito. O mascate perguntou:
- E a tua mãe, onde está? ...o que ela está fazendo?
O rapaz deixou escapar um sorriso irônico no canto da boca. Depois respondeu:
- A mãe está assando o pão que comemos ontem!
"O rapaz está completamente maluco! Onde se poderia imaginar uma resposta detas?" - O mascate estava embasbacado com as respostas sem nexo daquele rapaz. Parecia um monge daqueles que falam só por metáforas para tentar simbolizar diversas respostas. Mas não se deu por vencido. Pensou que deveria tirar aquilo a limpo. Então ele disse:
- Rapaz, eu até agora não entendi nenhuma das respostas que tu deste. O que tu estavas querendo dizer? Está me fazendo de bobo, por que? Estou cansado, estou cavalgando desde de madrugada e você achou um jeito de ficar me tirando. Por que está agindo assim?
O rapaz, com outro sorriso irônico, respondeu:
- Eu não estou te tirando. Em primeiro lugar, porque todas as minhas respostas tem lógica, e em segundo lugar, foi o senhor que parou para conversar comigo. Não fui eu quem lhe segurei.
O mascate, vendo que o rapaz realmente era inteligente e não louco, disse:
- Dá para me explicar o que você quis dizer com as três respostas que me deu?
- Ora, sobre o caminho, é o seguinte: O caminho que é mais distante para se chegar na pensão é muito melhor do que  o caminho que é mais curto. Assim, através do caminho curto demora mais para chegar na pensão do que através do caminho comprido.
- Bonito assim! E a história do pai que traz a caça viva para casa?
- Ora, é assim: meu pai foi caçar no mato e tem a cabeça cheia de piolhos. Aqueles que ele mata lá, ele deixa lá e os que continuam vivos na cabeça ele traz de volta.
- Muito interessante! - Disse o mascate. - E como é o caso do pão? De que maneira pode a tua mãe estar assando o pão que comeram ontem?
O rapaz soltou uma gargalhada e disse:
- Minha mãe está assando o pão que vai devolver à vizinha. Ontem não tínhamos pão, então recebemos emprestado o pão da vizinha e comemos. Assim ela precisa assar o pão hoje para devolver a ela. Não é lógico que ela está assando o pão que comemos ontem?