Crédito da foto: http://www.dicasdesaude.info/cuidados/torcicolo-pescoco
O Torcicolo
Médicos! ...isto era sempre a palavra mais proibida que nós antigamente ouvíramos. As pessoas sempre se medicaram com plantas e chás, e quand tinham que ir para o hospital, então já estavam meio mortas. E geralmente saiam de lá mortas. Eu ainda pessoalmente me lembro de pessoas que morreram no hospital.
Quando nós éramos crianças os desastres aconteciam e não íamos ao médico. Eu mesmo fui com meu irmão roubar laranjas no vizinho chamado Calsing, e quando eu estava com a camisa cheia de laranjas, caí do galho porque ele quebrou e eu caí e me rasguei um baita buraco na perna. Meu médico foi o álcool pelo qual a mãe procurou e a vizinha Raimunda. E no mês que eu não podia caminhar tive que ficar deitado na cama. Neste meio, a vó até me ensinou a ler a língua alemã gótica, e até hoje sei ler este modo de escrever.
Quando alguém queria mostrar que tinha dinheiro, então ia no médico consultar e voltava para casa com uma toiceira de remédios e, principalmente, injeções. As injeções então eram administradas e isto virava falatório em toda a vila.
O mais importante que podia acontecer numa vila destas era a de um jovem ir para a faculdade e estudar para ser um futuro médico. Mas isto era raro de acontecer.
As mulheres que tinham um pouco mais de dinheiro iam às vezes se consultar com o médico. Mas isto era mais para mostrar status do que necessidade. Mas, quando isto acontecia as amigas esperavam o resultado e logo o espalhavam pela vila. As pessoas todas estavam curiosas com o resultado final da consulta.
E assim aconteceu uma vez num belo dia de verão. Isto foi com a Cecília um fina e educada mulher, cheia de grau e dinheiro. Um belo dia ela levantou de manhã cedo com um violento torcicolo (tiro de bruxa). Ela não conseguia mover a cabeça para o lado então já estralava, e para todos os lados do seu pescoço agulhava, assim com se estivesse cheio de agulhas. As espinhadas eram enormes.
Seu marido então a trouxe para o Caí a um especialista para ver se ele poida fazer algo a respeito. Demorou tanto para ela chegar na vez que seu marido resolveu sair e tomar uma cervejinha enquanto ela era atendida. E ele realmente foi.
Tinha então uma meia dúzia de pessoas antes da mulher, todos tendo pago uma consulta gorda e todos estavam esperando. O tempo aos poucos foi passando, e de repente ela foi chamada:
- Cecília Molles! ... Cecília Molles está na vez da consulta!
A mulher levantou num salto e logo ela foi até o quarto junto do doutor.
- o que aconteceu? - Perguntou ele. Ela respondeu:
- É que eu tenho um torcicolo aqui no canto do pescoço e ele me espeta como se estivesse uma vespa ali alojada!
(note que em alemão, torcicolo se diz: Hekseschuss, ou seja, tiro de bruxa).
Então o doutor mandou ela deitar sobre a cama para examiná-la. Quando então ela estava ali deitada, meio pelada, só com aquela calcinha feita de saco de farinha, o doutor começou a apalpá-la ao redor do pescoço onde ela se queixou de dores. Porém, a mulher na véspera havia comido muitos rabanetes em conserva, aí teve que largar um pum bem espraiado que já a incomodava há tempo: "bréétsch!" fez. O doutor começou a rir e disse para a madame:
- Pronto! o tiro já temos! Só falta a bruxa!
(qualquer semelhança é mera coincidência)
Quando nós éramos crianças os desastres aconteciam e não íamos ao médico. Eu mesmo fui com meu irmão roubar laranjas no vizinho chamado Calsing, e quando eu estava com a camisa cheia de laranjas, caí do galho porque ele quebrou e eu caí e me rasguei um baita buraco na perna. Meu médico foi o álcool pelo qual a mãe procurou e a vizinha Raimunda. E no mês que eu não podia caminhar tive que ficar deitado na cama. Neste meio, a vó até me ensinou a ler a língua alemã gótica, e até hoje sei ler este modo de escrever.
Quando alguém queria mostrar que tinha dinheiro, então ia no médico consultar e voltava para casa com uma toiceira de remédios e, principalmente, injeções. As injeções então eram administradas e isto virava falatório em toda a vila.
O mais importante que podia acontecer numa vila destas era a de um jovem ir para a faculdade e estudar para ser um futuro médico. Mas isto era raro de acontecer.
As mulheres que tinham um pouco mais de dinheiro iam às vezes se consultar com o médico. Mas isto era mais para mostrar status do que necessidade. Mas, quando isto acontecia as amigas esperavam o resultado e logo o espalhavam pela vila. As pessoas todas estavam curiosas com o resultado final da consulta.
E assim aconteceu uma vez num belo dia de verão. Isto foi com a Cecília um fina e educada mulher, cheia de grau e dinheiro. Um belo dia ela levantou de manhã cedo com um violento torcicolo (tiro de bruxa). Ela não conseguia mover a cabeça para o lado então já estralava, e para todos os lados do seu pescoço agulhava, assim com se estivesse cheio de agulhas. As espinhadas eram enormes.
Seu marido então a trouxe para o Caí a um especialista para ver se ele poida fazer algo a respeito. Demorou tanto para ela chegar na vez que seu marido resolveu sair e tomar uma cervejinha enquanto ela era atendida. E ele realmente foi.
Tinha então uma meia dúzia de pessoas antes da mulher, todos tendo pago uma consulta gorda e todos estavam esperando. O tempo aos poucos foi passando, e de repente ela foi chamada:
- Cecília Molles! ... Cecília Molles está na vez da consulta!
A mulher levantou num salto e logo ela foi até o quarto junto do doutor.
- o que aconteceu? - Perguntou ele. Ela respondeu:
- É que eu tenho um torcicolo aqui no canto do pescoço e ele me espeta como se estivesse uma vespa ali alojada!
(note que em alemão, torcicolo se diz: Hekseschuss, ou seja, tiro de bruxa).
Então o doutor mandou ela deitar sobre a cama para examiná-la. Quando então ela estava ali deitada, meio pelada, só com aquela calcinha feita de saco de farinha, o doutor começou a apalpá-la ao redor do pescoço onde ela se queixou de dores. Porém, a mulher na véspera havia comido muitos rabanetes em conserva, aí teve que largar um pum bem espraiado que já a incomodava há tempo: "bréétsch!" fez. O doutor começou a rir e disse para a madame:
- Pronto! o tiro já temos! Só falta a bruxa!
(qualquer semelhança é mera coincidência)