HISTÓRIAS DE BARBEIROS
A profissão de barbeiro é uma das mais antigas da terra. Já existiam barbeiros dois mil anos antes de Cristo e esta profissão hoje em dia ainda está na moda.
Mesmo que muitos lugares de barbeiros tenham sido substituído pelas cabeleireiras, ainda existem os conservadores que preferem fazer seu tratamento com os barbeiros ao invés de fazer com as mulheres.
Existiram barbeiros de todos os jeitos e tipos, entre bons e ruins e muitos enriqueceram com esta profissão.
Quando eu era pequeno, na tardinha de sábado, a barbearia de Harmonia sempre estava lotada de homens que vinham ali fazer um tratamento facial. A gente observava isso com gosto porque via o jeito e a qualidade do barbeiro no lidar de suas ferramentas.
Trabalho terminado, o toque final com a loção pós-barba "Acqua Welva" para perfumar o rosto e alisar a pele, um perfume de higiene que levantava naquela barbearia, denunciando que mais uma barba havia sido terminada.
Não sei se vocês se lembram, mas antigamente o cabelo da gente era cortado em casa. Era a nossa mãe que os cortava com uma máquina zero e só deixava um penacho de franja para ter onde puxar quando a gente não se comportava. Eu levei alguns puxões nesta franja.
Estes eram os tempos onde tudo era difícil e qualquer maneira que existisse de não se gastar se aplicava no dia-a-dia para o orçamento fechar no fim do mês. Os rapazes mais velhos, que já ganhavam seu próprio dinheiro com seu tabalho, iam então à barbearia.
Me lembro bem do primeiro dia em que fui à barbearia para cortar o cabelo. Meu irmão mais novo, quando sentou na cadeira para cortar o cabelo, começou a chorar e não deixou cortar. Então não precisava mais deixar franjinha, e a gente podia deixar o cabelo um pouco mais comprido do que a máquina zero.
Mas sobre barbeiros, aconteceu uma vez em Montenegro, há muitos anos, lá vivia um barbeiro que era uma pessoa muito boa, mas um péssimo barbeiro. Ele era conhecido por todos os cantos da região como "açougueiro" porque ele tirava bifes enormes do rosto de seus clientes com a navalha.
Seus clientes eram somente do interior porque na cidade ninguém mais procurava seus serviços.
Certo dia, chegou um cliente lá, que só tinha uma orelha. Este cliente pediu para cortar o cabelo e fazer a barba.
No primeiro corte, o barbeiro já deixou um talho na orelha restante do cliente. Mais um corte e lá se foi um talho em sua bochecha. Mais um corte, e o nariz do cliente começou a sangrar no canto por causa de outro talho. Então, alguns cortes no cabelo, e a nuca do cliente saiu toda lanhada.
Quando o serviço havia terminado, o barbeiro pegou o espelho para mostrar seu trabalho para o cliente.
Num supetão, o barbeiro notou que faltava uma orelha no cliente. Então perguntou:
- Você não me é completamente estranho! Já estiveste em ocasião aqui em minha barbearia?
- Não! - Respondeu o cliente. - A outra orelha, a que falta, perdi num acidente.
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