sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Hora da Faxina: Pessoas Chatas




Pessoas Chatas.

   Estava tranquilamente escolhendo batatas rosas na fruteira do supermercado quando uma pessoa se aproximou de mim, ficou do meu lado escolhendo batatas brancas. Sem olhar para mim, remexendo as batatas a mulher falou:
   - Está desperdiçando gás escolhendo batata rosa!
   Custei a entender a metáfora proferida pela mulher. Até que me dei conta que a batata branca cozinha em torno de trinta por cento mais ligeiro do que a rosa. Me deu uma vontade de dizer que o gás era eu quem pagava e não ela, mas me contive e respondi:
   - Eu sei que a batata rosa leva mais tempo para cozinhar. Mas seu sabor e textura na maionese fica muito melhor que da branca. Além disso, com este verão, as brancas apodrecem num piscar de olhos.
   A mulher, conhecida minha, sem levantar os olhos, continuando na escolha de suas batatas completou:
   - No preço que estão as coisas, muitas vezes se deve abrir mão do que é melhor pra economizar.
   Ela terminou de escolher suas batatas saindo de perto de mim. Eu comecei a rir sozinho, pensando no que estava fazendo de errado escolhendo batatas rosas, ou, no que tinha acontecido à mulher para se meter com tamanha intimidade em minha vida.
   Coloquei o saco de batatas no cestinho, comprei ainda alface e temperinho verde, e fui até a prateleira dos óleos e azeites para escolher um azeite de oliva. Coloquei a cestinha no chão e comecei a ler as embalagens para ver procedência, grau de prensagem a frio, estas coisas para pegar dentre todos os azeites oferecidos o que melhor combinava com meu paladar.
   Enquanto estava concentrado, absorto na leitura de um rótulo, simplesmente vi uma garrafa de azeite sendo sobreposta à que estava lendo, e já ouvi uma voz masculina dizendo atrás de mim:
   - Este é o azeite. O resto não presta!
   Afastei a garrafa que o homem havia me enfiado na cara para o lado para ver quem era, e claro, vi que era um dos caras mais chatos de nossa cidade. E ele, num sorriso de quem domina tudo sobre azeites de oliva, ainda completou:
   - Vou poupar o teu esforço e já coloco esta garrafa no teu sextinho.
   E COLOCOU!!!! indo embora em seguida.  É difícil me tirarem do sério, mas me deu vontade de pegar aquele azeite e atirar em direção do chato. Mas, devolvi a garrafa para a prateleira e pus na sexta de compras a que EU queria escolher.
   Comprei mais algumas coisas, desta vez sem ninguém se meter na marca do macarrão que estava comprando, muito menos do queijo parmesão ralado. Ainda vi o homem no balcão da padaria ensinando as meninas atendentes como deve ser a cor do pão para ele ter o melhor sabor. 
   Quando cheguei perto do caixa para pagar minhas compras, já ouvi de longe a voz de uma das pessoas mais chatas que conheço. Ela exala chatice por todos os poros, porque quando vê a gente começa a indagar e perguntar tudo sobre a vida da gente:
   - Vi que trocou de carro. Quanto custou? Financiou ou comprou à vista? Onde comprou? 
   ...E vai costurando uma pergunta na outra se enfiando dentro da vida da gente como se fosse um vírus. Fiquei escondido atrás das gôndolas para a pessoa não me ver até que ouvi ela dizendo "tchau".

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Culinária: Couve-flor ao Molho de Mostarda




Couve-Flor ao molho de mostarda

INGREDIENTES (como acompanhamento para 4 pessoas):

2 xícaras de couve-flor (1/3 de uma cabeça de couve-flor)
8 tomates cereja
80 g de bacon
1 xícara de água
1 colher de sopa generosa de Maizena
2 colheres de sopa de mostarda.

MODO DE PREPARAR:

Pique o bacon bem fininho e ponha em panela para fritar. Enquanto isto separe a couve-flor em tufinhos pequenos. Quando o bacon estiver começando a dourar, acrescente 1/3 de xícara de água, mexa para soltar o bacon do fundo da panela e acrescente a couve-flor, tapando a panela. Deixe em fogo médio enquanto prepara o molho de mostarda. Coloque a xícara de água em um recipiente, acrescentando primeiro a maizena, mexendo até diluir, Depois acrescente as colheres de mostarda, desmanchando ela no preparo. Em seguida pique os tomates cereja em quatro pedaços e misture ao molho. Destampe a panela e quando estiver começando a secar o líquido, acrescente  o molho de mostarda, mexendo sempre até criar forma de creme. Ponha em uma tigela e coloque por cima algumas gotas de mostarda. Pode ser servido quente, morno ou frio. O melhor sabor tem quando é servido morno.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Culinária: Sobrecoxa de Frango ao Molho de Queijo Prato



Sobrecoxa de Frango ao Creme de Queijo Prato

INGREDIENTES (6 porções):

14 sobrecoxas (em torno de 2,2 kg)
300 g de queijo prato
200 g de bacon
1 cebola roxa pequena
Sal, pimenta branca moída, Fondor (Maggi) a gosto
1 colher de colorau
PARA EMPANAR:
150 g de farinha de pão
200 g de maionese (Hellmann's)
1 fio de azeite de oliva para untar a forma.

MODO DE FAZER:

Tire a pele e todas as gorduras das sobrecoxas. Depois com uma faca estreita retire o osso. Coloque as peças todas em gamela ou bacia com o dorso para cima (a parte onde estava o osso fica para baixo). Pique a cebola fininha e espalhe por cima, acrescentando o sal, pimenta, fondor e colorau. Misture tudo amassando como fosse massa até que tudo esteja homogêneo. Reserve para o frango 'pegar' os  temperos. Enquanto isto, corte o bacon e o o queijo em 14 palitos de mais ou menos 1 cm e no comprimento das sobrecoxas. Quando tiver terminado, acrescente a maionese às sobrecoxas misturando com as mãos até a mistura ficar homogênea. Em outra bacia, coloque a farinha de pão. Pegue cada peça de frango, coloque um pedaço de bacon e um pedaço de queijo, enrolando. Segure a parte da emenda da sobrecoxa com uma mão e com a outra mão regue a peça generosamente com farinha de pão até ela estar completamente tomada. Coloque em forma untada com azeite de oliva e leve ao forno FRIO. Marque uma hora na temperatura de 200 graus. O queijo vai cozinhar dentro das peças e vai derreter, saindo das sobrecoxas e criando um molho cremoso no fundo da forma juntamente com as peças assadas.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Culinária: Salada de batatas alemã





Salada de Batatas Alemã:

INGREDIENTES (4 PESSOAS):

6 batatas brancas médias (400 g)
100 g de bacon
1 cebola roxa média picada a grosso modo
1 xícara de cafezinho de vinagre de vinho tinto
1 colher de chá de mostarda (Hemmer)
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1/2 xícara de salsa e cebolinha picadas
1 tomate médio picado a grosso modo
Sal e pimenta a gosto.

PREPARO:

Cozinhe as batatas por 45 minutos. Escorra e deixe esfriar. Corte as batatas com casca, e o tomate grosseiramente. Tempere com sal e pimenta e reserve. Pique o bacon em cubinhos e frite ele até ficar crocante. Espalhe por cima da batata, tendo o cuidado de não tirar a banha da frigideira. Coloque a cebola picada na frigideira junto com a banha do bacon e vá mexendo sempre até ela amolecer. Acrescente o vinagre e a mostarda, cozinhando até notar que a mistura deixou de ser líquida (mais ou menos 3 minutos). Retire do fogo, acrescente o azeite de oliva e misture. Derrame esta mistura sobre as batatas. Coloque na geladeira para esfriar completamente. Distribua por cima a salsa e cebolinha antes de servir.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Hora da Faxina: Falar em Diminutivo




 Falar em Diminutivo.

   Você certamente já se sentiu contagiado com algo falado a você no diminutivo não?
   Quando algo é mencionado a nosso respeito no diminutivo, parece que já vem doce, realizado, não temos nem coragem de contestar porque ficamos desarmados, sem ação frente àquela palavra no diminutivo. Se alguém diz: "Você é uma pessoa especial!" É uma expressão que contagia nosso coração. Mas, se ao invés disso alguém diz: "Você é uma pessoinha especial!" Nossa! Parece que a frase ficou anos luz à frente em matéria de carinho. Isso que me refiro. E tem muitas pessoas que conseguem usar o diminutivo sutilmente em suas manifestações, tornando nosso relacionamento algo gigante, aumentado, pelo tamanho do carinho embutido simplesmente em sua fala.
   É tão engraçado isso, pois falando no diminutivo o poder do elogio se torna gigante. E as pessoas perderam o hábito de fazer isso. Já quase não dizem mais 'que graça!', quem dirá, 'que gracinha!'. Algo simples de dizer, de aplicar, mas não sei por que caiu de moda.
   Falar no diminutivo é sempre construir algo melhor na referência a quem vai se referir. Vizinho é um termo que não está no diminutivo, mas tem o 'inho' para aproximar as pessoas que moram perto da gente e para quem a gente corre quando há necessidade de ajuda.
   Por outro lado, existem pessoas que exploram esta prerrogativa justamente para se promoverem, para tirarem vantagem. Conheço algumas pessoas que se enquadram neste contexto e que, por serem tão sem noção, quando as vejo, as evito, fugindo de seu contato, sua conversa.
   Conheço uma pessoa que é tão melosa, mas artificial, que fala tudo no diminutivo, inclusive advérbios, verbos, enfim, suas frases ficam pateticamente diminutivas. Por exemplo, quando for se referir ao tempo diz assim:
   - Meu Deuzinho do ceuzinho! Hojezinho está fazendinho um calorzinho bem acimazinho do normal. Tomarinha que a aguinha da piscininha lá de casa esteja quentinha para que possaminhos entrarzinho nela e dar aquela curtidinha.
   Ou seja, um parágrafo todo dito no diminutivo, algo inexistente. Para quem vê tudo isto do lado de fora logo entende que houve uma forma de forçar uma interpretação interativa da boa para algo que talvez não tivesse merecido tanto elogio. E não merecia mesmo. Porque quem fala assim, usa este recurso sempre em favor próprio.
   Portanto: mesmo que pareça muito lindo a princípio, fuja de pessoas que expressam seus sentimentos no diminutivo, pois geralmente é para cativarem você e depois tirarem vantagem de você. Que coisinha!!!!

domingo, 10 de janeiro de 2016

A importância do Português correto, principalmente para locutores e voiceovers



   Escrever um português perfeito, é algo que é muito observado por contratantes sérios de voz para seus trabalhos. Ninguém contrata um profissional da voz que escreva português incorretamente ou que não saiba formular seu raciocínio através do que escreve. Digo isto porque me vêm diversas vezes pessoas simples, querendo iniciar a carreira, pedindo minha ajuda. E vendo como escreveram para mim, a primeira impressão que dá é de relaxamento. A pessoa tem preguiça de olhar  na net se "voz" se escreve com z, com s, ou pior, com z e com acento. Dói ler isto, afinal, a pessoa poderia ter acertado com um clique em algum site informativo. E por conseguinte, quem não é capaz de trabalhar detalhes na escrita, não é capaz de trabalhar detalhes com a voz. Isto é matemático, inquestionável. E eu venho batendo esta tese já desde os tempos do Orkut, onde muitos, como até hoje, acham que tendo um equipamento de dez mil reais é o suficiente para captar clientes. Vão acabar torrando pela metade do preço ou menos por falta de visão, de clientes, de ir em busca de resultados. Portanto: Primeiro passo, pratique a escrita e leia sempre, interprete os textos que lê, compre jornal, dramatize a página policial, ironize a página de política e assim por diante, para você se tornar um locutor multifacetado e não só o locutor que tem a voz boa e sabe ler um texto corretamente.  O segredo está na vida que cada palavra ganha com sua voz. Interprete o mesmo texto com tons diferentes fazendo com que passe do dramático para o patético. Este exercício é fantástico e você vai descobrir que tem tons dentro de sua voz que jamais imaginou que tinha. Muitos já me ironizaram por eu ser tão impulsivo no sentido da perfeição na forma de escrever e expressar em português. Mas eu estou na estrada. E não preciso fazer vinhetas a cinco reais para correr à padaria e comprar um litro de leite e pão para ter o que comer no jantar.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Hora da Faxina - Atendimento Vip




 Atendimento Vip

   É impressionante como é falho o atendimento no comércio. Na maioria das cidades, não só no Caí. Mas eu fico estarrecido com a falta de prática de tantos balconistas que não sabem lidar no improviso, que não sabem orientar, que não sabem o que estão vendendo e que não sabem agradar o cliente. 
   Seguramente se os balconistas ou atendentes de nossas lojas trabalhassem por amor ao que fazem, venderiam o triplo. Sei que muitas pessoas vão me odiar por falar estas coisas, mas está entalado aqui ó! Cansei de entrar em lojas e tentar comprar algo. Simplesmente os fatores estão invertidos. Ao invés da loja estar precisando aliviar o estoque, os balconistas deixam a gente perceber que se não soubermos o que queremos, não somos bem vindos.
   Eu fico pensando no que estas pessoas estão fazendo aí, na loja, se não sabem atender? Pior ainda quando o dono da loja atende, achando que estou fazendo um favor comprando com ele. Putz!!! Sinceramente, o comércio está em baixa por causa da má qualidade no atendimento. E não adianta o balconista ter um sorriso impecável se não sabe informar sobre o produto que está vendendo. Quanto mais seguro deixar o comprador, mais facilmente a venda será efetuada. Por todos estes detalhes que a internet está vendendo cada vez mais. Ao menos o produto que quero comprar tem todas as suas características informadas.
   Somente nesta semana eu tive duas experiências muito desagradáveis em relação ao atendimento nas lojas de minha cidade. A primeira foi numa loja que estava botando tudo fora, queima de estoque de natal. Eu estava querendo comprar um forno elétrico novo já que meu velho está com alguns problemas. Entrei na loja, claro, movimento intenso devido às promoções. Localizei o forno. Não tinha preço afixado nele. Pensei: "Vou esperar, e quando liberar um atendente, pergunto o preço." - Esperei dez minutos como algo a mais na loja pois ninguém sequer deu boa tarde. Nesse tempo um dos balconistas estava atendendo um cliente que já estava na loja quando eu entrei, e os dois em altos papos e risadas. As outras e os outros também estavam todos ocupados atendendo. Então, entrou na loja uma mulher de parar o trânsito, perfeita, roupa colada, e parou na frente deste balconista que ainda estava atendendo. Ele vidrou na mulher ao vê-la. Despachou o quanto antes o cliente que estava atendendo e foi direto até a gostosona para atendê-la, enquanto eu já havia esperado mais de dez minutos ali. O que fiz? Fui embora já que meu dinheiro não vem anexado com dotes femininos e esta loja pode esquecer que eu existo. Jamais comprarei outra vez naquela loja. Nem que seja a única que tenha o produto que preciso. E não é vingança. É me sentir humilhado porque uma gostosona com seu charme me passou pra trás. Só isso. Ou tudo isso!
  Então, no dia seguinte, precisando de um cabo micro USB fui atrás e comprei numa loja. Ainda brinquei dizendo: "Se não funcionar, devolvo e quero meu dinheiro de volta!" - Por sinal, uma fortuna. Mas estava precisando, comprei. Cheguei em casa, liguei o cabo no computador e no celular e o computador não reconheceu a conexão. Nem carregou o celular. 
  No outro dia fui até a loja, reclamei do cabo, e o dono da loja me atendeu dizendo taxativamente que o defeito era o meu celular. Eu disse que não, que o problema era seu cabo. E ele, ignorante, grosso, continuou afirmando que era meu celular, que não devolveria o dinheiro. Então eu disse: "Tudo bem. Não vou quebrar por estes 19 reais que gastei neste cabo sem qualidade. Vou no teu concorrente e compro outro. O cara nem se tocou. Deixou eu ir. E fui. Na loja concorrente comprei o mesmo cabo FUNCIONANDO, pela metade do preço. E eles me disseram qeu teve um lote destes cabos que tinha defeito. 
  Moral da história: adivinha se um dia vou por de novo os pés neste jurássico narcisista achando que sua loja é o bam bam bam e que quando tem algum defeito não é o lixo que ele vende e sim, o nosso equipamento? Nunca!!!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Pequenas Mentiras, Meias Verdades: A Receita


A Receita

João era um homem bom e inocente. Ele era tão manso que não fazia nada de mal a nenhuma pessoa, e até tinha pena de matar as moscas.
Sua vida era trabalhar durante a semana na fábrica de calçados e das noites de sexta até as noites de domingo ele enchia a cara. Eram sempre um monte de litros de cachaça.
Sua esposa a Berta já fizera de tudo para tirar o João deste ritmo, mas não conseguiu realizar nada.
Ela já havia feito diversas promessas a Deus e santos. Promessas cheias de sacrifícios como não comer mais carne às sextas-feiras e ir a pé até o Padre Reus em São Leopoldo. Na segunda promessa até estava incluído que a caminhada seria feita com quatro grãos de arroz crus em cada sapato. Imaginem o tamanho do sacrifício!
Mas, Berta não precisou fazê-los porque João não perdeu o costume. Cada fim de semana acontecia o mesmo: o homem volta do boteco cheio da cara.
Eles tinham uma filha raquítica que chamava Gerta, o mesmo nome da avó. A garota também havia pedido diversas vezes ao pai para cuidar um pouco de sua bebedeira, mas nada adiantou.
Berta até já havia ido pedir a ajuda do padre, mas não deu resultado. Daquele tempo em diante, quando o padre havia falado com ele, parece que até começou a beber mais.
A vida correu e o homem continuou a beber todo o fim-de-semana. A Berta e a Gerta nem ficavam mais em casa para não verem o homem assim. Fim-de-semana sempre estavam na casa da avó.
Sábado de tardezinha o João chegou completamente bêbado em casa. Antes de ir se deitar tomou um copo de água, mas não notou que dentro do copo estava um camundongo. E assim, ele o engoliu junto.
Assim que aconteceu, ele no mesmo instante ficou lúcido. Ele correu por socorro no hospital.
Quando encontrou o primeiro hospital entrou correndo gritando por socorro. Mas ele não havia notado que entrara num sanatório. Pior, ele não notou que o médico que o atendeu era um louco vestido de médico.
João contou tudo para o médico louco e o mesmo prescreveu a receita. Ele pegou a receita e correu até a farmácia mais próxima. Lá ele entregou a receita para o atendente. O atendente então leu a receita. E por achá-la estranha perguntou ao João:
- Então, para que esta receita foi prescrita?
- Porque eu engoli sem querer um camundongo num copo com água.
O atendente riu, dizendo:
- É! A receita tem seu sentido!
Na receita estava escrito:
"Tomar um gato a cada duas horas e armar uma ratoeira na saída da bunda."

sábado, 2 de janeiro de 2016

Hora da Faxina - Amigo Secreto



Amigo Secreto
   Todo ano, no mês de dezembro, ocorrem encontros, festas, alegria, brincadeiras, comilança e bebedeira para fechar o ano com amigos ou colegas de trabalho, ou parentes. É algo saudável, digno de ser mantido, afinal, como seres humanos temos a necessidade de encontrar pessoas que ao menos têm um pouquinho a ver com nossa vida, nossa história. E o que é inevitável, para coroar o encontro, é feito o amigo secreto (em outras regiões do país chamado de amigo oculto). E o mais bacana nisto, é que a pessoa que vai presentear seu amigo secreto começa descrevendo esta pessoa e os participantes do evento vão tentando adivinhar quem é este amigo secreto.
   Muitas risadas, brincadeiras e descontração já se somam a este evento por justamente ser um jogo de adivinhação. E tem pessoas na turma com uma intuição tão especial, que conseguem descrever o amigo secreto perfeitamente mas onde quem está presente não consegue adivinhar através das pistas que vão sendo dadas. Aí é que está a graça.
   Nós também tivemos a festa de encerramento do grupo de amigos que chamamos de ADA - Amigos Da Alegria. Este grupo iniciou já há muitos anos entre as colegas e amigas dos escritórios de contabilidade de nossa cidade e seus respectivos maridos. E o grupo foi sempre muito unido, temos muita alegria nos encontros e tudo sempre é festa.
   E nossa festa aconteceu no último dia 29 de dezembro, aqui em minha casa. Sempre fazemos na casa de alguém do grupo, num rodízio gostoso, onde o que realmente importa é a magia do encontro e rir. Rir muito. E desta vez não foi diferente. As risadas contagiaram o encontro com tantas brincadeiras, acontecimentos, e é claro, com o amigo secreto.
   O que aconteceu, é que muitos presentes foram comprados na mesma loja. E já por este detalhe, a brincadeira começou com alguns dizendo: "Ah, te vi lá! Então era meu presente que estavas comprando!" - e assim por diante.
   E a entrega de presentes foi se sucedendo, com adivinhações, amigos secretos de verdade, até que a uma certa altura, um amigo foi entregar o presente ao amigo secreto, onde a esposa dele tinha a amiga secreta e os dois haviam comprado nesta loja, portanto os pacotes de presente eram iguais. E o pacote foi trocado. Este amigo foi descrevendo quem era seu amigo secreto, todos tentando adivinhar, foi muito legal, até que adivinhamos e a entrega do presente aconteceu. O que recebeu, abriu ansiosamente o presente e eis que tirou de dentro do pacote uma peça toda rendada. Nem se deu conta do que era até que abriu a peça na frente de todo mundo. Era uma calcinha branca de renda muito sexi. Na hora ele deixou cair no chão com o susto que levou, pela peça inusitada. 
   O que deu enquanto isso dizia: 
   - Se não servir pode trocar!!!
   E já a esposa do amigo que deu o presente enganado veio correndo, atropelando todo mundo e gritando:
   - Não é pra ser este. Houve engano de pacote.
   E arrematou a calcinha que saiu voando por cima das mesas até cair de novo ao chão. Todo mundo rindo da cena, que demorou pouco tempo mas o suficiente para doer a barriga de tanto rir, quando o amigo que deu o presente enganado disse:
   - É, ninguém viu. Mas ele já estava com o pezinho levantado para enfiar na calcinha e experimentar.