terça-feira, 29 de junho de 2010

O Temporal

Sempre quando o tempo se carrega para um temporal, então, mesmo que a gente se diga forte, sempre se tem um pouco de medo. Passa um calafrio pela coluna abaixo, que a gente se trepida de alto a baixo.
    Quando um temporal se anuncia por detrás do morro e começa a ventar, a relampejar e trovejar, então se pega aquela palma amarelada, cheia de teias de aranha deitada sobre o armário, e se queima no fogão para pedir proteção a Deus.
    Assim, se nada acontece, a gente acredita realmente que isto é devido à palma e à proteção Divina. Mas nem sempre acontece assim. As vezes dá errado. E assim aconteceu uma vez com uma família antigamente em Arroio das Pedras, entre Tupandi e Bom Princípio.
    Afonso e sua esposa, a Clementina, e ainda um filho pequeno dos seus nove anos, o Jacó, estavam tomando café de manhã pelas oito horas, quando o céu se mostrou preto com vento e relâmpagos.
    O temporal foi imenso. A tempestade durou mais ou menos meia hora, mas foi o suficiente para causar estragos no meio da comunidade. Até também a casa do Afonso apanhou: voaram em torno de dez telhas do seu telhado.
    E, quando ele descobriu o problema, se lembrou que ele não estava com a escada em casa. Ela havia sido emprestada para o Armindo Ledur e não havia sido trazida de volta. Então ele teve uma idéia. Ele disse para sua esposa:
    - Clementina, vem, vamos subir no sótão, então eu subo em seus ombros e assim chegarei até as telhas que voaram para tapá-lo com novas telhas.
    - Sim, Afonso, se não tem outro jeito, então faremos assim. Só cuida da minha verruga no lado do pescoço!
    Assim aconteceu. Eles subiram no sótão pela escada e quando estavam lá, Afonso trepou nos ombros de Clementina e começou a trocar as telhas. O pequen Jacó se encontrava com eles e acompanhava seu trabalho.
    De repente, bateram à porta. Afonso disse para o filho:
    - Jacó, vai e vê quem está aí. Deixe-o entrar e diz que já viremos.
    Jacó foi e abriu a porta,  endo então que era seu vizinho, o Armindo Ledur, com a escada embaixo dos braços para devolver. Então ele olhou ao seu redor e perguntou:
    - Então Jacó, seu pai não está aqui?
    - Claro! - Respondeu o rapaz.
    - Onde então ele está? - Disse o vizinho curioso. Jacó respondeu:
    - Ele está no sótão montado na mãe tapando o buraco.
(Qualquer semelhança é mera coincidência).
   

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Piadas que circulam na Alemanha

  

    É sempre interessante como os alemães preparam certas histórias e assim elas ficam estranhas e a gente precisa achar graça sobre elas.
    Assim, quero hoje apresentar algumas piadas da Alemanha para contar para vocês.

    O Papagaio:
    No restaurante estavam três senhoras, assim, madames, tomando café e tudo que conversavam, um papagaio que se encontrava lá dentro, repetia.
    Então, uma senhora disse para a proprietária do restaurante:
    - Se eu tivesse um papagaio tão folgado, eu me livraria dele ou venderia.
    - Eu também! - Respondeu a proprietária. - O problema porém é, ele sabe demais!

    A garota:
    Depois do baile, a garota adolescente chegou apenas de manhã cedo em casa. Sua mãe, nervosa, estava a esperando. Então, perguntou sentida:
    - Aconteceu algo?
    - Não! - Disse ela.
    - Por acaso não estiveste com um homem por aí em alguma cama?
    - Naturalmente que não, mamãe!
    - Por que então estás retornando só agora, no amanhecer?
    - Porque toda a minha roupa estava espalhada na praça e eu tive que recolher.

    A mãe solteira:
    Ulli perguntou sua amiga se não era difícil criar a criança sem pai. Ela respondeu:
    - O que minha mãe e minha avó aprontaram, com certeza eu também saberei fazer!

    O Bêbado:

    Um homem bem vestido chega para perto do policial na faixa e enquanto bamboleia se queixa com a língua presa:
    - Policial, alguém roubou meu carro!
    - Assim! - Disse o policial. - Então você deve ir lá na delegacia e comunicar o sumiço do seu carro.
    - Ah é? - Disse o bêbado. - Então irei logo lá!
    - Mas primeiro feche o fecho de sua calça antes de ir lá! - Disse o policial aconselhando.
    - Pucha! - Disse o bêbado olhando para o seu fecho. - Ees roubaram também a minha garota!

    O Bodegueiro:
    Um homem forte, entra na bodega e pergunta:
    - Está o lugar aqui para trabalhar, como indica a placa lá fora, ainda vago?
    - Sim! - disse o bodegueiro. - Mas como é seu conhecimento da profissão e sua experiência?
    - Espera, eu já lhe mostro!
    E num instante ele atira um bêbado para fora da porta.
    - Bom tino! - disse o bodegueiro. - Mas para pegar o serviço, deve primeiro falar com o chefe.
    - Sim! E onde está o chefe?
    - Ele a recém está voltando na porta porque tu o atiraste para fora.

                                      (créditos da imagem para Lilia em bacaninha.uol.com.br/.../06/covardia/bebado.jpg)

   

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Inverno



    Contei o número de peças que vesti. Ao todo nove peças foram necessárias para me agasalhar neste amanhecer gelado de 5 graus. Mas, como o clima está seco, logo senti que havia vestido roupa demais. O inverno tem muito a ver com a sensação de temperatura de cada um. Tem pessoas que vestem pouco e não sentem frio. Até não sou tão sensível ao frio, pois no meio das peças que escolhi usar hoje, não tem nenhuma peça de lã.
    O inverno tem no seu todo algo de sublime, pois, inevitavelmente torna as pessoas mais introspectivas e com isto descobrem em seu interior algumas virtudes muitas vezes esquecidas. O inverno também trás mais proximidade porque se passa mais tempo dentro de casa, dentro da sala ou da cozinha, conversando sobre os acontecimentos do dia, projetando o futuro ou rebuscando no passado tantas vivências que trouxeram de uma forma ou de outra alegrias e alavancaram este presente tão gracioso.
    O inverno enseja a criação de pratos novos, muitas vezes elaborados sobre o fogão a lenha que por meses ficou abandonado no canto da cozinha ou ao lado da churrasqueira na garagem. Então, no anoitecer precoce desta estação, tem-se no ar um desfile de aromas de madeiras diversas queimando, e com um faro um pouco mais apurado, sabe-se associar o cheiro à madeira que o derivou. É uma mistura de pinus com eucalipto, maricá, laranjeira, cedro e acácia. Cada qual com seu teor. E no fogão, uma panela de ferro tamanho família recebe seus primeiros ingredientes para fazer uma sopa energética.
    "Um inverno com geada traz um verão sem praga!" É o que dizem por aqui para compensar aquele amanhecer gelado. A criançada, na véspera colocou uma bacia com água sobre o gramado, só para tirar aquela lâmina de gelo. As roupas no varal ficaram rijas, duras, congeladas. E, ao sair o sol, derretendo o gelo, a roupa começa a fumegar como se estivesse cozinhando.
    O frio estimula a criatividade, e extrai de nós iniciativas muitas vezes frutuosas. Afinal, empacotado no meio de tanta roupa, sobra deixar a mente solta para criar.
    O inverno tem uma cor diferente: tem dias em que não passa de um cinza plúmbeo, pesado, úmido, onde as pessoas mal riem e onde o peso da atmosfera nos faz sentir prostrados. Tem outros dias, em que amanhece vibrante, leve, gelado sim, mas cintilando um calor energético diferente, como se estivesse a salpicar nossa aura com vibrações calóricas. Este dia fez hoje. É por isto que também o inverno tem seus atrativos.


segunda-feira, 21 de junho de 2010

Dia Especial para Comemorar


    Hoje fazem 22 anos que parei de fumar. Foi uma das melhores atitudes que tomei na vida, pois na época o cigarro ainda tinha um pouco daquele falso charme que todos lhe davam e deixar o vício não foi fácil.
    Fui fumante no tempo em que existiam somente algumas marcas de cigarro e com certeza as plantações de tabaco não recebiam cargas tão elevadas de agrotóxicos. Comecei fumando a marca Mont Blanc. E comecei por besteira, pois estava tentando conquistar uma garota e ela me disse que se quisesse namorá-la primeiro tinha que virar homem e saber fumar. Tinha 16 anos e como muitos dos meus amigos e colegas fumavam, entrei na onda. E os encontros com a garota evoluíram. Quando finalmente estava viciado no cigarro, ela me deu o fora.
    A migração entre marcas de cigarro é relativamente comum entre os fumantes e quando parei, estava fumando Minister. A gente brincava sobre a marca dizendo que significava: Minha Inesquecível Namorada Isto Será Tua Eterna Recordação. Hehehe! Só se era a nhaca que ficava entranhada nos dedos, roupas e hálito.
    Bom, sobre parar de fumar, antes de mais nada deve-se ter verdadeiramente o desejo de não fumar mais. Enquanto estiver em dúvida, jamais haverá de parar. E eu já estava com este desejo, pois dois irmãos meus já haviam deixado de fumar. Segui o conselho de um amigo que parara de fumar, que me ensinou a todo o dia comprar uma carteira de cigarros e tirar o número de pitos que queria eliminar. Na primeira semana tirava todo o dia um cigarro e punha no lixo. Na segunda, tirava todo o dia 2 cigarros e descartava. Assim por diante. Depois de 20 semanas, pararia de fumar. Segui seu ensinamento e quando estava fumando 8 cigarros por dia, dos 20 que antes eram necessários, parei definitivamente. A gota d'água foi uma história que vou contar agora:
    Naquela época estava construindo minha oficina. Meu primeiro filho estava com 1 ano de idade e vivia indo comigo para todos os lados. Um dia, ao meio-dia, peguei o garoto no colo e fui vistoriar o trabalho que os pedreiros estavam fazendo. E, é claro, acendi um cigarro e fui lá com o garoto no colo e fumando.
    Enquanto estava olhando tudo com atenção, cigarro na boca, o garoto pegou com sua mãozinha em cheio o cigarro aceso e queimou a palma da mão. Chorou muito e eu me senti o último dos pais por ter deixado acontecer isto. A criança na sua ingenuidade achou bonito aquela luzinha vermelha na ponta do cigarro e quis pegar. Fiquei arrasado. Isto foi no dia 20 de junho de 1988.
    No dia seguinte, 21 de junho, entrada do inverno, o clima estava úmido, havia chuviscado a noite toda. Como sempre, oito e pouco fui para a oficina. Estava sem cigarro pois só estava mais fumando 8 por dia. Abri a oficina, peguei dinheiro e fui comprar cigarro na frente, onde funcionava um bar. Quando voltei para a oficina, abri o maço, tirei o primeiro cigarro. Os 12 que estava descartando foram para o lixo. Quando bati o isqueiro para acender o pito, voou longe a pedrinha que faz a faísca. Maldisse o isqueiro. Lembrei que tinha um isqueirinho guardado (foto abaixo da matéria) que tinha a pedra mas não tinha gás, peguei e fazendo faísca com o isqueirinho acendi o que estava com gás e sem pedra.
    Dei uma profunda tragada, olhei para os dois isqueiros e pensei: "Como eu sou idiota! Além de estar prejudicando minha saúde e queimar a mão do meu filho ainda banco o palhaço para acender o cigarro! Vou parar agora!" - Apaguei o cigarro e daquele momento até hoje não pus mais cigarro na boca.
    Dos dias que se seguiram restam pesadelos pois foi muito difícil conviver com o dia-a-dia sem a nicotina. É terrível nos primeiros três dias. Depois, gradativamente vai desaparecendo o desejo de fumar e em meio ano a gente se habitua a viver sem nicotina. Mas, de uma coisa tenho plena certeza: hoje é um dia para comemorar mesmo! viva a saúde!!!!


sexta-feira, 18 de junho de 2010

Amanhece na Praia

    Muitas pessoas quando fazem férias na praia, gostam de iniciar o dia caminhando pelas areias  à beira mar de manhã cedinho para sentir o clima puro da natureza e ver o sol despontando no horizonte, atrás do oceano. É uma visão divina, ímpar e paga todos os sacrifícios de ficar um ano trabalhando, ralando, para enfim, no verão passar por esta experiência.
    Sempre gostei de caminhar de manhã cedo na praia, algumas vezes um pouco mais tarde, quando o carteado estava bom e se extendia até a madrugada. Mas, a sensação que caminhar causa é de uma paz inigualável, de uma vibração com a natureza inexplicável. O marzão de um índigo escurão a ondular e corcovear até o horizonte, sobreposto por linhas de brumas brancas que se formam no quebrar das ondas e o pisar na areia virgem daquele novo amanhecer, nos impregnam de uma paz difícil de descrever e mais difícil de vivenciar em outro lugar ou oportunidade. Tudo se complementa com o borbulhar vivaz e intrínseco das brumas a se desmanchar, para novamente virarem água. O ciclo do mar se faz e refaz a cada instante. E este movimento é uma melodia a completar a tão tenra e mágica paz. Olha-se para um lado, gaivotas e outras aves marinhas estão alegres no bailado matinal preparando o mergulho certeiro para sua primeira refeição do dia.
    Olha-se para as dunas, e se vê as gramíneas que magistralmente se erguem de dentro da areia inóspita e salgada, com sua ramagem verde limão a balançarem ao ritmo da brisa que o mar trás, ora suave, ora mais densa.
     Olha-se para a areia, e se vê na linha da maré o que o mar devolveu durante a noite: são conchas vazias, sem molusco, são pedaços de tábuas que ficaram talvez anos à deriva pois a maresia lhes comera pedaços e os corais já lhes somaram traços. Cada pedaço de pau devolvido pelo mar tem sua história. Ah, como seria interessante se soubesse a que navio, barco, ou caixote abandonado em alto mar aquele pedaço de madeira pertenceu!  Quem sabe, fora de um barco naufragado e que ficara décadas, ou séculos submerso preso ao resto pelos pregos que agora o mar salgado comera na ferrugem e assim libertara para devolver à terra o que não lhe pertence.
    Um pouco mais além, ainda na areia, algas vigorosas de ramos acipoados e arroxeados com folhas verdejantes guspidas pelo mar e agonizando na perda de seu hábitat e nutrientes, fadadas a torrarem ao sol da manhã.
    Olha-se para o horizonte, e eis que uma linha, primeiro cor de ouro e agora mesclando e seguindo para o prata, o sol desponta charmoso atrás do horizonte líquido. Neste momento, é impossível o céu estar todo azul. Sempre tem nuvens em formações das mais diversas para emoldurar este belo acontecimento. E o sol sobe ligeirinho, tempo o suficiente para fazer algumas fotos e registrar para sempre este momento de paz e reflexão. A caminhada segue, um, dois, cinco, seis quilômetros.
    Na volta da caminhada, um boné enterrado com sua aba para o lado direito e um óculos escuro evitam o incômodo do sol já forte e dinâmico anunciando um dia de praia espetacular, de calor e diversão.


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Piada da vida real

O ENDIVIDADO

chega o credor:
 - como é, não vai pagar a dívida?
E o endividado:
 - Olha, não tenho escolha, não tenho dinheiro: só resta o cachorro e a mulher. Quer ver eles?
 - Vamos olhar o cachorro!
O credor olhou, olhou, olhou... então disse:
 - Vamos olhar a mulher!
O endividado foi com ele até a mulher, o credor olhou, olhou, olhou... e disse:
 - Quem sabe, vamos dar mais uma olhadinha no cachorro?

Um Baile com Temporal


    Fui músico de banda de bailes durante quinze anos. Chegamos uma época, no meio dos anos 80 a ter bastante conceito e prestígio na região, sendo requisitados para muitos eventos e nossos fins-de-semana estavam sempre lotados, assim como os salões onde nós nos apresentávamos.
    Desta época maravilhosa aprendi muitas coisas, principalmente a ser desinibido, comunicativo e adaptável a meios diferentes dos quais eu sempre convivi. Afinal, cada região tem seus costumes e muitos deles às vezes nos parecem estranhos.
    Aprendi também que certos conceitos que existem nos conselhos dos mais velhos não são tão severos quanto parecem, como: apanhar chuva com o corpo quente. Cansei de  carregar aparelhagem no meio da chuva fria depois de suar uma noite inteira no palco. Nunca aconteceu nada. Outra coisa: tomar bebida gelada quando se está gripado. Ora, como aguentaria uma noite de baile cantando sem tomar alguma coisa? E, em muitos eventos naquela época não ficava nada fora do gelo. Ou tomava gelado, ou ficava com a garganta ardendo em brasa. Curiosamente descobri que ao invés de agravar um gripe, a bebida gelada funcionava como um analgésico e aliviava a garganta. Claro, não aconselho ninguém a me seguir no que aprendi, mas até hoje, em meio a uma gripe, uma aguinha com gás gelada faz a diferença!
    Mas, voltando ao clima, uma das nossas maiores aflições nos acorriam quando tínhamos que tocar durante tempestades. O mês de setembro, aqui na região é rico em temporais que vem de madrugada com relâmpagos e trovões que fazem tremer as estruturas das casas. E, apesar do clima lá fora, o baile tinha que continuar. Éramos nós tocando, um clarão, e um estrondo que se sobressaía à música. E nós, nove músicos, morrendo de medo de vir uma lâmina daqueles raios pela rede elétrica. Torcíamos sempre quando começava o temporal, para que faltasse a energia elétrica e assim, podermos nos afastar dos instrumentos pendurados no peito, prontos para serem os terminais de alguma centelha de raio que se perdesse entre os fios da energia elétrica.
    Um sábado à noite, tocávamos em Rincão do Cascalho, um bairro da cidade de Portão (40km de POA), e se iniciou uma tormenta fenomenal na região. Parecia que os raios se concentravam sobre o salão, tamanha era a luz que emanava de sua descarga e a violência do estrondo que se seguia. Nós, no palco tocando, a luz firme, sem sequer piscar, morrendo de medo das descargas. Então, meu irmão que era músico também, não teve dúvida: tirou a guitarra do peito, pousou em seu descanço, pegou um alicate de bico com cabo isolado na caixa de ferramentas e discretamente enfiou os dois bicos numa tomada que estava livre no fundo do palco, escondida atrás da bateria e provocou um curto-circuito. Se foi a luz, e nós respiramos tranquilos. Rapidinho nos livramos dos instrumentos musicais e descemos do palco.
    A tempestade foi passando, seguindo, mas o baile não foi recomeçado porque o salão alagou completamente com uma lâmina de água de mais de 10 cm na pista de dança.


terça-feira, 15 de junho de 2010

As Pereiras e a Lição da Natureza

   Quando eu era criança tinha dois pés de pera enormes do lado de casa, quase centenárias, altíssimas e de galhos quebradiços. Eram peras-maçãs, aquelas que quando maduras desmanchavam na boca.
   Bom, devido a sua altura e seu risco de galhos quebrarem, éramos proibidos de subir nas pereiras para apanhar as frutas, apesar de estarem no ponto de colher, ou seja, um pouco antes de amadurecerem. Nenhuma taquara alcançava as frutas que se alojavam em seu ponto mais alto, em torno de 5 metros de altura.
   Então, a mãe sempre dizia: "Quando vier um temporal de verão com vento, com certeza Deus vai chacoalhar as pereiras e fazer as frutas cairem de lá!"
   E nós aguardávamos ansiosos 'aquele' temporal de verão vir para que ele derrubasse as peras.
   Bom, fatalmente acontecia, no meio da semana, no final da tarde, aparecerem no céu ocidental aquelas nuvens pretas prenunciando um temporal de verão. O temporal acontecia, queimávamos palmas para ter a proteção divina, e quando o temporal passava, o chão estava coberto de peras que corríamos para ajuntar em baldes e bacias, e que no fim-de-semana se transformariam naquele doce em calda tão maravilhoso que só nossa mãe sabia fazer.
   A natureza é sábia e sempre mostra que apesar dos percalços, sempre traz algum benefício.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Como Aprendi a gostar de Raios

Sobre tempo e clima, o que se nota muito é o enorme medo que as pessoas tem de raios e trovões e as crendices sobre como se proteger deles. Acho as mais bizarras de todas estas de que tesouras não podem ficar expostas por atraírem os raios, espelhos devem ser tapados (por que?) e não se pode tomar chimarrão porque a bomba também atrai os raios.
Como se vê, são exemplos que denotam uma falta de conhecimento total do fenômeno.
Muito se vê também as mães e os pais assustarem seus filhos quanto ao fenômeno em vez de esclarecê-los e orientá-los a respeito.
Neste sentido, meu pai foi uma pessoa que soube nos mostrar o quanto de belo este fenômeno é e o quanto de importância tem para a natureza.
Quando eu era criança (faz tempo!!!), morava em Harmonia (cidadezinha interiorana distante 70Km de Porto Alegre) e nossa casa tinha uma área que cobria toda a frente da mesma. Sua posição era a frente norte-sul, e como nossa maioria de temporais vem do sudoeste, o espetáculo passava aos nossos olhos na frente de casa. Sentávamos na área, meu pai, meus irmãos e eu, e apreciávamos o temporal de verão passando ao entardecer, com seus belos raios e trovões que se prolongavam pelos recantos do vale, enquanto tomávamos chimarrão.
Meu pai sabiamente nos orientava a ficarmos calçados e distantes do chão, como no caso era aquela área, que ficava 1 metro acima do chão, e, nunca em algum ponto solitário mais alto que o resto ao nosso redor.
Um belo dia estávamos apreciando um fenomenal temporal raro vindo do norte com raios intermitentes e perigosamente próximos, pois contávamos sua distância pela diferença do tempo entre a luz e o trovão: cento e um, cento e dois... E eis que a luz se fez e o trovão a acompanhou. Víamos a 300 metros de nossa casa, na subida do morro, o raio cortar ao meio um enorme plátano solitário no meio da pastagem. E o plátano pegou fogo. Embaixo dele, dez vacas que se abrigavam da chuva também foram eletrocutadas pela força daquele raio.
Guardo este fenômeno até hoje em minha mente, e sempre lembro o que meu irmão caçula falou naquele dia: "Se o touro tivesse ensinado as vacas que não podiam ficar no chão puro e embaixo daquela árvore sozinha quando tem raio, não teriam morrido."
Ainda hoje em dia adoro ver este belo fenômeno e chamo meus filhos para verem esta bela amostra da imponência da natureza frente a nós pequenos mortais.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Palhoça - Santa Catarina

     Sempre faz bem quando pegamos a estrada e damos uma esticada para outros ares, outros lugares, mesmo que já se tenha ido até lá alguma vez. A gente revê lugares, conhece novos lugares, revê pessoas, conhece novas pessoas e acompanha o crescimento da região.
    Foi o que aconteceu no último feriadão, dia 3 de Junho. Fomos até Palhoça para comemorarmos o aniversário de minha sobrinha, a Gabriela, que foi no dia 5. A viagem já foi alentadora, pois com satisfação constatei que está um canteiro de obras a BR101 e uma boa parte já está duplicada, em torno de 70 por cento. E apesar das obras, a viagem é tranquila pois imagino que por causa das obras, boa parte do trânsito pesado está passando pela BR116, apesar da serra.
    Quando chegamos em Palhoça, cidade que conheci há 12 anos como sendo uma pequena cidade satélite de São José, divisa de Florianópolis, fiquei impressionado com o crescimento dela e o enorme canteiro de obras, de construções que a cidade virou. Tem prédio e casa em construção para todos os lados que se olhe. Casas modernas, que depois de prontas, muitas são colocadas a venda. E o que é interessante, lá aboliram as esquadrias de madeira para as janelas: agora são esquadrias de metal, com vidro de correr grosso, com uma grade de ferro interna. Para barrar a luz, as modernas cortinas blackout. Até algumas frentes de casas já não são mais com grades e sim, com paredes de vidro de metro e meio de altura, emoldurados em estrutura de ferro, com portões de vidro de correr. Muito chique!
    As ruas são pavimentadas com ladrilhos hexagonais de concreto, que fazem um traçado charmoso, firme, como se fosse uma pavimentação de concreto. Com uma diferença: a chuva tem por onde infiltrar e assim as ruas rapidamente secam depois da chuva.
    Nestes três dias que ficamos lá, visitamos o shopping novo de Palhoça, o shopping de São José, fomos na Pizzaria e conhecemos as duas prainhas que a cidade tem. Gente, principalmente a praia do Tomé é um cantinho do paraíso. Abaixo algumas fotos para confirmar! Tem uma natureza exuberante chegando até o mar, que lá é calmo, afinal é entre o continente e a ilha de Santa Catarina. Água limpíssima, pedras que enfeitam a paisagem, e no horizonte, as cidades de São José e de Florianópolis.
    A praia transmite uma serenidade, cercada pela natureza. E como é inverno, não se via uma viva alma por lá, apesar dos dois restaurantes bem em frente ao mar. Só nossa conversa e o canto dos pássaros. Valeu a pena o passeio. Conheci mais um pedacinho do paraíso.

                                                    No Shopping Center de São José

                                                 Praia da Barra - Palhoça - SC

                                                   Na pizzaria Tia Aurea - São José - SC

                                   Praia do Tomé - Palhoça - SC - um cantinho de paraíso.

                                   Praia do Tomé - Palhoça - SC - um cantinho de paraíso.

                        Praia do Tomé - Palhoça - SC - Olha a transparência da água do mar!

  Praia do Tomé - Palhoça - SC - Pedras que embelezam. Ao fundo, na ilha de Santa Catarina, Rincão da ilha, uma cidadezinha tipicamente açoriana, com belíssimas casas decoradas com azulejos e uma igrejinha muito aconchegante.

                                     Praia do Tomé - Palhoça - SC - um cantinho de paraíso.

  Praia do Tomé - Palhoça - SC - um cantinho de paraíso. A vegetação nativa chega a beijar o mar. O cheiro gostoso de natureza que tem ali é muito confortante.
                                  Praia do Tomé - Palhoça - SC - Vista geral da enseada. Note a mata nativa atlântica beijando o mar.

   Praia do Tomé - Palhoça - SC - Ao fundo, no horizonte, São José à esquerda e Florianópolis à direita. A prainha é um verdadeiro cartão Postal! Amei conhecer mais esta maravilha.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Circula na internet: Ser Gaúcho é:



    ...é chamar geléia de SCHIMIA;
    ...é comer NEGRINHO em vez de brigadeiro;
    ...é dizer que tem um FRIGIDÉR em vez de geladeira;
    ...é achar que o LAÇADOR é maior e mais bonito que o Cristo Redentor;
    ...é dizer que o desenho do Rio Grande do Sul é uma miniatura do desenho do Brasil;
    ...é comer a costela antes da picanha;
    ...é falar TCHÊ ao telefone só pra ver se descobre outro;
    ...é falar TU em vez de VOCÊ;
    ...é fazer compras no MERCADO;
    ...é chamar a namorada de MINHA GURIA;
    ...é chamar semáforo de sinaleira (ninguém entende)...
    ...é falar "capaz" (ninguém entende também)...
    ...é falar "buenas" para iniciar outro assunto (buenas, mas por que falar buenas?)
    ...é torcer pra qualquer time que esteja jogando contra o time adversário (Grêmio ou Inter)...
    ...é estar no Maracanã escutando a Rádio Gaúcha;
    ...é chamar jacaré de lagartixa;
    ...é ter confiança em bancos gaúchos;
    ...é comemorar uma revolução que não deu certo;
    ...é chamar a mulher de prenda;
    ...é dizer que é fácil fazer churrasco;
    ...é dizer que faz galinha no espeto e não, galeto;
    ...é achar que o GUAÍBA é rio;
    ...é dizer que tomar água a 80ºC com gosto de mato é coisa de macho;
    ...é chamar doce de leite de MU-MU;
    ...é falar ESTÂNCIA em vez de fazenda;
    ...é ficar babando na frente do açougue e achar carne "linda"...
    ...é gostar de passar frio (5 graus e o índio velho vai colocar um moletom)
    ...é falar CLASSE em vez de carteira (de sala de aula);
    ...é falar ROLETA em vez de catraca (de ônibus);
    ...é falar LOMBA em vez de morro;
    ...é falar CHAPEADOR em vez de lanterneiro;
    ...é poder falar "tri legal" ou "muito tri"ou "tri massa";
    ...é chamar QUARTEIRÃO de QUADRA...
    ...Outra coisa que só gaucho fala é "pechada" quando se refere a uma batida de carros.. ninguém entende...
    ...é chegar no mercado e poder dize em alto e bom tom: "Me dá dez cacetinhos!" em vez de 10 pães franceses.
    ...é chamar Real de "PILA" e centavo de "VINTÉM" (O pão custa três pilas e 10 vinténs).

    Ser gaúcho é

    -saber que nossa característica é a bravura e não o jeitinho;
    -saber que nosso valor é a lisura e não a malandragem;
    -é ser simples de modos, mas reto de caracter;
    -é ser franco e direto, nem que isso cause inimizades;
    -é ser humilde em ambições, mas exagerado em ideais e paixões;
    -é ser um respeitador fiel da hierarquia funcional e o primeiro a proclamar a igualdade;
    -é um ser batalhador, que não desiste nunca;
    -é um rebelde, que nunca aceita ser dominado;
    -é um bravo, que não foge de uma luta por ser difícil;
    -o gaúcho autêntico é um verdadeiro tradicionalista.

    Não porque aprende coisas no CTG, mas porque carrega em si
    esses valores e não vê alternativa possível de vida digna fora deles.
    Por isso eu tenho orgulho de ser chamado de "GAÚCHO".

    

Pérolas Linguísticas: Gerundismo


        Sempre abominei a forma de falar destas pessoas de telemarketing, recepcionistas e outros tais treinados em ISO's de qualificação profissional. A parte que mais falta é o melhor tratamento em português. Estar falando e encaminhando e recebendo e fazendo e finalizando é muito enfadonho. Parece fala pregravada e robotizada onde se inseriu uma frase padrão e a partir dali todas as outras frases se compuseram. Estar sendo atendido é mais ou menos como: "É um saco atendê-lo, mas como não tem outro jeito, já que está aqui, será atendido!"
Estar sendo encaminhado é mais ou menos como: "Poxa, animal, não tinha outra hora para me torrar a paciência?" Estará sendo resolvido é como: "Desta vez eu perdi, mas na esquina te pego!" E, por fim, estar passando para outro setor é como: "Não tem outro jeito: já que não vai largar do meu pé mesmo, vou conceder o privilégio de seguir um passo adiante."
          Deu para perceber o quanto de hipócrita tem no contexto de uma fala em gerúndio? 
          Da próxima vez, é melhor ir direto ao assunto e deixar o gerúndio para os momentos nos quais ele é realmente necessário.


A seguir, um texto sobre este tal de Gerúndio, que achei muito criativo:

Gerundismo
Ricardo Freire


Aqui vai a última flor do Lácio:
Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando
e possa estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não
consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da
comunicação moderna, o gerundismo. Você pode também estar passando por
fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela Internet.
O importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar
recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe,
consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela
costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa
estar escutando.
Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você vá estar
achando necessárias, de modo a estar atingindo o maior número de pessoas
infectadas por esta epidemia de transmissão oral.
Mais do que estar repreendendo ou estar caçoando, o objetivo deste
movimento é estar fazendo com que esteja caindo a ficha das pessoas que
costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo.
Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos
interlocutores que, sim, pode estar existindo uma maneira de estar
aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito. Até porque,
caso contrário, todos nós vamos estar sendo obrigados a estar emigrando
para algum lugar onde não vão estar nos obrigando a estar ouvindo frases
assim o dia inteirinho. Sinceramente: nossa paciência está ficando a
ponto de estar estourando.
O próximo  "Eu vou estar transferindo a sua ligação" que eu vá estar
ouvindo pode estar provocando alguma reação violenta da minha parte. Eu
não vou estar me responsabilizando pelos meus atos.
As pessoas precisam estar entendendo a maneira como esse vício maldito
conseguiu estar entrando na linguagem do dia-a-dia.
Tudo começou a estar acontecendo quando alguém precisou estar traduzindo
manuais de atendimento por telemarketing. Daí a estar pensando que
"We'll be sending it tomorrow" possa estar tendo o mesmo significado que
"Nós vamos estar mandando isso amanhã" acabou por estar sendo só um passo.
Pouco a pouco a coisa deixou de estar acontecendo apenas no âmbito dos
atendentes de telemarketing para estar ganhando os escritórios. Todo
mundo passou a estar marcando reuniões, a estar considerando pedidos e a
estar retornando ligações. A gravidade da situação só começou a estar se
evidenciando quando o diálogo mais coloquial demonstrou estar sendo
invadido inapelavelmente pelo gerundismo.
A primeira pessoa que inventou de estar falando  "Eu vou tá pensando no
seu caso" sem querer acabou por estar escancarando uma porta para essa
infelicidade lingüística estar se instalando nas ruas e estar entrando
em nossas vidas. Você certamente já deve ter estado estando a estar
ouvindo coisas como  "O que cê vai tá fazendo domingo?" ou  "Quando que cê
vai tá viajando pra praia?", ou  "Me espera, que eu vou tá te ligando
assim que eu chegar em casa".
Deus, o que a gente pode tá fazendo pra que as pessoas tejam entendendo
o que esse negócio pode tá provocando no cérebro das novas gerações?
A única solução vai estar sendo submeter o gerundismo à mesma campanha
de desmoralização à qual precisaram estar sendo expostos seus
coleguinhas contagiosos, como o  "a nível de", o  "enquanto", o  "pra se
ter uma idéia" e outros menos votados.
A nível de linguagem, enquanto pessoa, o que você acha de tá insistindo
em tá falando desse jeito?

Matéria publicada na coluna  "Xongas", de O Estado de S. Paulo, em 16 de
fevereiro de 2001

Circula na internet: Inutilidade também é Cultura!




01- O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck.


02- Em 1997, as linhas aéreas americanas economizaram US$ 40.000 eliminando
uma azeitona de cada salada.


03- Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua.


04- Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos
que enterram nozes e não lembram onde eles as esconderam.


05- Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.


06- As formigas se espreguiçam pela manhã quando acordam.


07- As escovas de dente azuis são mais usadas que as vermelhas.


08- O porco é o único animal que se queima com o sol além do homem.


09- Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a
própria língua.


10- Só um alimento não se deteriora: o mel.


11- Os golfinhos dormem com um olho aberto.


12- Um terço de todo o sorvete vendido no mundo é de baunilha.


13- As unhas da mão crescem aproximadamente quatro vezes mais rápido que as
unhas do pé.


14- O olho do avestruz é maior do que seu cérebro.


15- Os destros vivem, em média, nove anos mais que os canhotos.


16- O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê.


17- O músculo mais potente do corpo humano é a língua.


18- É impossível espirrar com os olhos abertos.


20- Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo.


21- Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se
reconhecer na frente de um espelho.


22- Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite.


23- 40% dos telespectadores do Jornal Nacional dão boa-noite ao
WilliamBonner no final.


24- Aproximadamente 70 % das pessoas que leram este texto, tentam lamber
seu cotovelo!!!


Circula na Internet: Gostava Tanto de Você



(Tim Maia)




Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar
Você marcou a minha vida
Viveu morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate
E eu gostava tanto de você
Gostava tanto de você
Eu corro e fujo destas sombras
Em sonhos vejo esse passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver para não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você
E eu gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

 Antigamente, quando ouvia esta música, não prestava muita atenção na letra, por achar que era mais uma música sobre um cara que foi abandonado pela mulher que amava, como muitas outras canções
falavam... Até que, um dia, descobri a verdadeira história. Para quem não sabe, o autor de  "Gostava tanto de você" não escreveu esta música por causa de uma mulher qualquer que o tinha abandonado, mas sim, para a filha dele que havia falecido. Desde que eu soube desta história, esta música se transformou em uma das minhas preferidas. Depois, releia a letra da música pensando no verdadeiro significado.
Aproveite cada momento da sua vida ao máximo, passe o maior tempo possível com as pessoas que você ama (família, amigos, o amor de sua vida) e torne estes momentos inesquecíveis. Pode ser a última vez que vocês estejam juntos. Vivendo e aprendendo...
A cada dia que se passa na minha vida se fortalece a idéia de que devemos aproveitar cada dia, cada minuto de nossa vida, como se fosse o último, porque ele realmente pode ser. Não devemos dar muita importância ao que os outros vão pensar ou falar. O que importa é sermos realmente felizes, não importando o quanto você possa parecer bobo ou errado, frente aos olhos de quem nunca vai saber o que realmente se passa em sua mente ou no seu coração.
Aproveite a sua vida!
Deus fez esse mundo maravilhoso e nos deu de presente!
Problemas... esses todos nós temos, podem ter certeza! A diferença é saber que um dia todos eles, mais cedo ou mais tarde, vão se resolver, e, provavelmente, daí surgirão outros. Não podemos ficar esperando a ausência de problemas para sermos felizes! A felicidade está aí, de graça e p/ quem quiser tê-la, o que precisamos é saber enxergá-la em cada pequeno presente que recebemos o tempo todo em nossas vidas!

"A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego... de tanto rir... de surpresa... de êxtase
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