Quando eu era criança tinha dois pés de pera enormes do lado de casa, quase centenárias, altíssimas e de galhos quebradiços. Eram peras-maçãs, aquelas que quando maduras desmanchavam na boca.
Bom, devido a sua altura e seu risco de galhos quebrarem, éramos proibidos de subir nas pereiras para apanhar as frutas, apesar de estarem no ponto de colher, ou seja, um pouco antes de amadurecerem. Nenhuma taquara alcançava as frutas que se alojavam em seu ponto mais alto, em torno de 5 metros de altura.
Então, a mãe sempre dizia: "Quando vier um temporal de verão com vento, com certeza Deus vai chacoalhar as pereiras e fazer as frutas cairem de lá!"
E nós aguardávamos ansiosos 'aquele' temporal de verão vir para que ele derrubasse as peras.
Bom, fatalmente acontecia, no meio da semana, no final da tarde, aparecerem no céu ocidental aquelas nuvens pretas prenunciando um temporal de verão. O temporal acontecia, queimávamos palmas para ter a proteção divina, e quando o temporal passava, o chão estava coberto de peras que corríamos para ajuntar em baldes e bacias, e que no fim-de-semana se transformariam naquele doce em calda tão maravilhoso que só nossa mãe sabia fazer.
A natureza é sábia e sempre mostra que apesar dos percalços, sempre traz algum benefício.
Bom, devido a sua altura e seu risco de galhos quebrarem, éramos proibidos de subir nas pereiras para apanhar as frutas, apesar de estarem no ponto de colher, ou seja, um pouco antes de amadurecerem. Nenhuma taquara alcançava as frutas que se alojavam em seu ponto mais alto, em torno de 5 metros de altura.
Então, a mãe sempre dizia: "Quando vier um temporal de verão com vento, com certeza Deus vai chacoalhar as pereiras e fazer as frutas cairem de lá!"
E nós aguardávamos ansiosos 'aquele' temporal de verão vir para que ele derrubasse as peras.
Bom, fatalmente acontecia, no meio da semana, no final da tarde, aparecerem no céu ocidental aquelas nuvens pretas prenunciando um temporal de verão. O temporal acontecia, queimávamos palmas para ter a proteção divina, e quando o temporal passava, o chão estava coberto de peras que corríamos para ajuntar em baldes e bacias, e que no fim-de-semana se transformariam naquele doce em calda tão maravilhoso que só nossa mãe sabia fazer.
A natureza é sábia e sempre mostra que apesar dos percalços, sempre traz algum benefício.
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