Levanto de manhã e lavo a cara
Porque sempre foi assim.
Termino com você
Porque não gosta mais de mim.
Pego o ônibus na parada
Porque ele não para em outra parte.
Paro de fumar e de beber
Porque dizem que me dá enfarte.
A vizinha está lavando a casa
Porque hoje é sexta-feira.
Ligo o rádio mas desligo logo
Porque só vem música estrangeira.
O sábado é sagrado
Todos vão ao supermercado
Esvaziar as prateleiras;
A mocinha do caixa, coitadinha,
Não tem tempo nem pra se coçar
Porque a fila ainda é grande
E já passam dez minutos
Das dezenove que é hora de fechar.
O mocinho sai de casa ansioso
Para ver sua princesa;
Porque ela é muito linda
E o que vale é a beleza.
E o mundo gira, gira,
Porque sempre foi assim.
Termino e recomeço com você
Porque agora gosta só de mim.
Pego o ônibus na parada
Porque hoje é sexta-feira.
Paro de fumar e de beber
Porque só tem música estrangeira.
A vizinha está lavando a casa
Porque ela é muito linda
E o que vale é a beleza.
Levanto de manhã e lavo a cara
Para ver sua princesa.
E o mundo gira, gira,
Gira, gira com leveza.
Das dezenove que é hora de fechar.
O mocinho sai de casa ansioso
Para ver sua princesa;
Porque ela é muito linda
E o que vale é a beleza.
E o mundo gira, gira,
Porque sempre foi assim.
Termino e recomeço com você
Porque agora gosta só de mim.
Pego o ônibus na parada
Porque hoje é sexta-feira.
Paro de fumar e de beber
Porque só tem música estrangeira.
A vizinha está lavando a casa
Porque ela é muito linda
E o que vale é a beleza.
Levanto de manhã e lavo a cara
Para ver sua princesa.
E o mundo gira, gira,
Gira, gira com leveza.
(escrito em 15/12/1977)