terça-feira, 30 de outubro de 2012

Cerveja e Saúde


    
   
                                                           fonte: http://www.sindicerv.com.br/cerveja-saude.php

A cerveja possui alto valor nutritivo e é fácil e rapidamente assimilada pelo organismo. Seus componentes, segundo Egon Tschope, mestre cervejeiro e pesquisador, indicam salubridade. São vitaminas, minerais, carboidratos e proteínas, além do álcool que, se consumido sem exagero, também é benéfico.

Repositoras de eletrólitos, as cervejas são bebidas que possuem 400/kcal/litro, o que corresponde a aproximadamente 15% das necessidades diárias de um adulto e equivale, em termos de proteína, a 100g de carne, 700ml de leite integral ou seis ovos cozidos. Os sais minerais incluídos em sua composição - 0,4g/l - correspondem a 10% das necessidades de um ser humano.

Além disso, as cervejas são ricas em vitaminas, sobretudo as do chamado complexo B. A vitamina B1 auxilia no funcionamento dos músculos, nervos e cérebro; a B2 colabora para a manutenção dos tecidos; a B5 atua no metabolismo dos carboidratos e gorduras; os minerais, como cálcio e fósforo, são essenciais para a composição dos ossos; e o potássio, junto com o cálcio, assegura, entre outros benefícios, o bom funcionamento do coração.

Por ter pH baixo - em torno de 4,0 - associado às ações microstáticas do álcool e das resinas amargas do lúpulo, e possuir CO2, a cerveja fortalece a imunidade do homem contra o desenvolvimento de microorganismos patogênicos. Ao contrário das demais bebidas alcoólicas, segundo Tschope, a cerveja proporciona um aumento da diurese, provocado pelas resinas amargas do lúpulo solubilizadas. Entretanto, sua ingestão é desaconselhável para determinadas pessoas, como as que apresentam hiperuricoemia (quantidade excessiva de ácido úrico no sangue).

O álcool 
Diversos estudos demonstram que a cerveja, consumida com moderação, é uma bebida saudável, que proporciona efeitos positivos, entre eles a melhoria da capacidade física, a redução dos estados ansiolíticos e depressivos, a diminuição das pressões sistólicas e diastólicas e a redução dos riscos de infartos e cardiopatias em geral, além de garantir maior resistência contra infecções.

Entende-se como consumo moderado de cerveja a ingestão diária média de até 1 litro, o que corresponde a, no máximo, 40 g de álcool puro por dia. Segundo Egon Tschope, pesquisas realizadas em universidades alemãs mostram que o consumo de 1,5 a 2 litros de cerveja, divididos em um dia, ainda pode ser considerado saudável.

Por causa de sua composição, a cerveja não é simplesmente uma bebida que contém álcool. Estão presentes em sua fórmula um grupo de proteínas pré-digeridas, sais minerais e açúcares de fácil digestão, o que confere à bebida uma característica importante, o tamponamento, que reduz sensivelmente o seu efeito alcoolizante. Essa particularidade é perceptível principalmente quando se compara a ingestão de cervejas com a ingestão das mesmas quantidades de álcool contidas em outras bebidas. BEBA COM MODERAÇÃO E RESPONSABILIDADE.

Recomendações
Algumas recomendações devem ser observadas para que o consumo de cerveja seja apenas prazeroso:
- Evitar misturas de diferentes bebidas alcoólicas ou, se houver mistura, que seja feita na ordem inversa de suas concentrações alcoólicas. Por exemplo, cerveja depois do vinho e nunca o contrário.

- Não beber se estiver tomando remédios. O aumento de diurese provocado pela cerveja pode, por exemplo, eliminar os antibióticos da corrente sangüínea.

- Comer bem e ingerir outros líquidos não alcoólicos antes da cerveja, como água ou refrigerante, por exemplo, que diminuem o efeito alcoolizante.

- Bebida alcoólica e direção não combinam. O álcool relaxa mas pode diminuir os reflexos necessários aos motoristas.

Efeitos
Sintomas de subnutrição, peso abaixo do normal e inapetência, que podem se transformar em doenças mais graves, como a hepatite alcoólica e a cirrose hepática, são conseqüências do uso abusivo de bebidas alcoólicas. 

Compare os nutrientes da cerveja com os encontrados em outras bebidas alcóolicas nos quadros abaixo, reunidos pelo Departamento de Agricultura do Governo dos Estados Unidos. Eles demonstram as vantagens nutricionais da cerveja:

COMPARAÇÃO DE NUTRIENTES EM BEBIDAS
PRODUTOS
CERVEJA
VINHO
DESTILADO
Nutrientes
Unidades
1 garrafa (356g)
1 copo (103g)
1 dose (42g)
Água
g
326.588
91.567
26.838
Energia
Kcal
145.960
72.100
105.000
Energia
Kj
612.320
301.790
439.320
Proteína
g
1.068
0.206
0.000
Lipídeo, gordura
g
0.000
0.000
0.000
Carboidrato (por diferença)
g
13.172
1.442
0.042
Fibras
g
0.712
0.000
0.000
Álcool
g
12.816
9.579
15.120
Cinza
g
0.356
0.206
0.000
Minerais
Cálcio (Ca)
mg
17.800
8.240
0.000
Ferro (Fe)
mg
0.107
0.422
0.017
Magnésio (Mg)
mg
21.360
10.300
0.000
Fósforo (P)
mg
42.720
14.420
1.680
Potássio (K)
mg
89.000
91.670
0.840
Sódio (Na)
mg
17.800
8.240
0.420
Zinco (Zn)
mg
0.071
0.072
0.017
Cobre (Cu)
mg
0.032
0.014
0.008
Manganês (Mn)
mg
0.043
0.149
0.006
Selênio (Se)
mcg
4.272
0.206
0.000
Vitaminas
Vitamina C (total ácido ascórbico)
mg
0.000
0.000
0.000
Tiamina (B1)
mg
0.021
0.004
0.003
Riboflavin (B2)
mg
0.093
0.016
0.002
Niacina
mg
1.613
0.076
0.005
Ácido pantotênico
mg
0.206
0.029
0.000
Vitamina B6
mg
0.178
0.025
0.000
Folate
mcg
21.360
1.030
0.000
Vitamina B12
mcg
0.071
0.010
0.000
Vitamina A (IU)
IU
0.000
0.000
0.000
Vitamina A (RE)
mcg RE
0.000
0.000
0.000
Vitamina E
mg ATE
0.000
0.000
0.000
Lipídeos
-
0.000
-
0.000
Aminoácidos (*)
Tryptophan
g
0.011
-
0.000
Threonine
g
0.018
-
0.000
Isoleucine
g
0.018
-
0.000
Leucine
g
0.021
-
0.000
Lysine
g
0.025
-
0.000
Methionine
g
0.004
-
0.000
Cystine
g
0.011
-
0.000
Phenylalanine
g
0.021
-
0.000
Tyrosine
g
0.053
-
0.000
Valine
g
0.032
-
0.000
Arginine
g
0.032
-
0.000
Histidine
g
0.018
-
0.000
Alanine
g
0.039
-
0.000
Ácido aspártico
g
0.043
-
0.000
Ácido glutâmico
g
0.110
-
0.000
Glycine
g
0.032
-
0.000
Proline
g
0.107
-
0.000
Serine
g
0.018
-
0.000
Fonte: USDA Database for Standard Reference, Release 14 (julho 2001)
(*) Nada consta para vinhos no USDA



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A Garota com as Maçãs



Agosto de 1942 - Piotrkow, Polônia.
Naquela manhã, o céu estava sombrio, enquanto esperávamos ansiosamente.
Todos os homens, mulheres e crianças do gueto judeu de Piotrkow tinham sido 
 levados até uma praça.
Espalhou-se a notícia de que estávamos sendo removidos. Meu pai havia falecido
 recentemente de tifo,
 que se alastrara através do gueto abarrotado.
Meu maior medo era de que nossa família fosse separada.
"O que quer que aconteça," Isidore, meu irmão mais velho, murmurou para mim,
"não lhes diga a sua idade. Diga que tem dezesseis anos"


Eu era bem alto, para um menino de 11 anos, e assim poderia ser confundido como tal.  
Desse jeito eu poderia ser considerado valioso como um trabalhador.
Um homem da SS aproximou-se, botas estalando nas pedras grosseiras do piso.
Olhou-me de cima a baixo, e, então, perguntou minha idade.
"Dezesseis", eu disse.
Ele mandou-me ir à esquerda, onde já estavam meus três irmãos e outros jovens saudáveis.
Minha mãe foi encaminhada para a direita com outras mulheres, crianças, doentes e velhos.
Murmurei para Isidore, "Por quê?"
Ele não respondeu. Corri para o lado da mãe e disse que queria ficar com ela.
"Não," ela disse com firmeza. "Vá embora. Não aborreça. Vá com seus irmãos".
Ela nunca havia falado tão asperamente antes. Mas eu entendi: ela estava me protegendo.
Ela me amava tanto que, apenas esta única vez, ela fingiu não fazê-lo. Foi a última vez que a vi.
Meus irmãos e eu fomos transportados em um vagão de gado até a Alemanha.
Chegamos ao campo de concentração de Buchenwald em uma noite, semanas após,
e fomos conduzidos a uma barraca lotada.
No dia seguinte, recebemos uniformes e números de identificação.
"Não me chamem mais de Herman", eu disse aos meus irmãos. "Chamem-me 94938".
Colocaram-me para trabalhar no crematório do campo, carregando os mortos em um
 elevador manual.
Eu, também, me sentia como morto. Insensibilizado, eu me tornara um número. Logo,
meus irmãos e eu fomos mandados para Schlieben, um dos sub-campos de Buchenwald, perto de Berlim.
Em uma manhã, eu pensei ter ouvido a voz de minha mãe.
"Filho" ela disse suave, mas claramente, "Vou mandar-lhe um anjo".
Então eu acordei. Apenas um sonho. Um lindo sonho.
Mas nesse lugar não poderia haver anjos. Havia apenas trabalho. E fome. E medo.
Poucos dias depois, estava caminhando pelo campo, pelas barracas, perto da cerca de arame farpado, 
onde os guardas não podiam enxergar facilmente. Estava sozinho. Do outro lado da cerca,
eu observei alguém: uma pequena menina com suaves, quase luminosos cachinhos.
Ela estava meio escondida atrás de uma bétula. Dei uma olhada em volta, para certificar-me de que ninguém estava me vendo. Chamei-a suavemente em Alemão. "Você tem algo para comer?"
Ela não entendeu. Aproximei-me mais da cerca e repeti a pergunta em Polonês.
Ela se aproximou. Eu estava magro e raquítico, com farrapos envolvendo meus pés,
mas a menina parecia não ter medo. Em seus olhos eu vi vida.
Ela sacou uma maçã do seu casaco de lã e a jogou pela cerca.
Agarrei a fruta e, assim que comecei a fugir, ouvi-a dizer debilmente, "Virei vê-lo amanhã".
Voltei para o mesmo local, na cerca, na mesma hora, todos os dias. Ela estava sempre lá, com algo para eu comer - um naco de pão ou, melhor ainda, uma maçã.
Nós não ousávamos falar ou demorarmos. Sermos pegos significaria morte para nós dois.
Não sabia nada sobre ela. Apenas um tipo de menina de fazenda, e que entendia Polonês.
Qual era o seu nome? Por que ela estava arriscando sua vida por mim?
A esperança estava naquele pequeno suprimento, e essa menina, do outro lado da cerca,trouxe-me um pouco, como que me nutrindo dessa forma, tal como o pão e as maçãs.
Cerca de sete meses depois, meus irmãos e eu fomos colocados em um abarrotado  vagão de carvão e enviados para o campo de Theresiensatdt, na Tchecoeslováquia.
"Não volte", eu disse para a menina naquele dia. "Estamos partindo".
Voltei-me em direção às barracas e não olhei para trás, nem mesmo disse adeus
para a pequena menina, cujo nome eu nunca aprendi - menina das maçãs.
Permanecemos em Theresienstadt por três meses.
A guerra estava diminuindo e as forças aliadas se aproximando, muito embora meu destino parecesse estar selado. No dia 10 de maio de 1945, eu estava escalado para morrer na câmara de gás, às 10:00 horas. No silencioso crepúsculo, tentei me preparar. 
Tantas vezes a morte pareceu pronta  para me achar, mas de alguma forma eu havia sobrevivido.
 Agora, tudo estava acabado.
Pensei nos meus pais. Ao menos, nós estaremos nos reunindo.
Mas, às 08:00 horas ocorreu uma comoção.
Ouvi gritos, e vi pessoas correndo em todas as direções através do campo.
Juntei-me aos meus irmãos.
Tropas russas haviam liberado o campo! Os portões foram abertos.
Todos estavam correndo, então eu corri também.
Surpreendentemente, todos os meus irmãos haviam sobrevivido.
Não tenho certeza como, mas sabia que aquela menina com as maçãs tinha sido a chave da minha sobrevivência. Quando o mal parecia triunfante, a bondade de uma pessoa salvara a minha vida,
me dera esperança em um lugar onde ela não existia.
Minha mãe havia prometido enviar-me um anjo, e o anjo apareceu.
Eventualmente, encaminhei-me à Inglaterra, onde fui assistido pela Caridade Judaica.
Fui colocado em um abrigo com outros meninos que sobreviveram ao Holocausto e treinado em Eletrônica. Depois fui para os Estados Unidos, para onde meu irmão Sam já havia se mudado.
Servi no Exército durante a Guerra da Coréia, e retornei a Nova Iorque, após dois anos.
Por volta de agosto de 1957, abri minha própria loja de consertos eletrônicos.
Estava começando a estabelecer-me.
Um dia, meu amigo Sid, que eu conhecia da Inglaterra, me telefonou.
"Tenho um encontro. Ela tem uma amiga polonesa. Vamos sair juntos!".
Um encontro às cegas? Não, isso não era para mim!
Mas Sid continuou insistindo e, poucos dias depois, nos dirigimos ao Bronx para buscar a pessoa com quem marcara encontro e a sua amiga Roma. Tenho que admitir:  para um encontro às cegas, não foi tão ruim. Roma era enfermeira em um hospital do Bronx. Era gentil e esperta. Bonita, 
também, com cabelos castanhos cacheados e olhos verdes amendoados que faiscavam com vida.
Nós quatro fomos até Coney Island. Roma era uma pessoa com quem era fácil falar e ótima companhia. Descobri que ela era igualmente cautelosa com encontros às cegas.
Nós dois estávamos apenas fazendo um favor aos nossos amigos. Demos um passeio na beira da praia, gozando a brisa salgada do Atlântico e depois jantamos perto da margem. Não poderia me lembrar de ter tido momentos melhores.
Voltamos ao carro do Sid, com Roma e eu dividindo o assento trazeiro.
Como judeus europeus que haviam sobrevivido à guerra, sabíamos que muita coisa deixou de ser dita entre nós. Ela puxou o assunto, perguntando delicadamente:
"Onde você estava durante a guerra?"
"Nos campos de concentração", eu disse.
As terríveis memórias ainda vívidas, a irreparável perda. Tentei esquecer.
Mas jamais se pode esquecer.
Ela concordou, dizendo:  "Minha família se escondeu em uma fazenda na Alemanha,
não longe de Berlim . Meu pai conhecia um padre, e ele nos deu papéis arianos."
Imaginei como ela deve ter sofrido também, tendo o medo como constante companhia.
Mesmo assim, aqui estávamos, ambos sobreviventes, em um mundo novo.
"Havia um campo perto da fazenda", Roma continuou.
"Eu via um menino lá e lhe jogava maçãs todos os dias."
Que extraordinária coincidência, que ela tivesse ajudado algum outro menino.
"Como ele era?", perguntei.
"Ele era alto, magro e faminto. Devo tê-lo visto todos os dias, durante seis meses."
Meu coração estava aos pulos! Não podia acreditar! Isso não podia ser!
"Ele lhe disse, um dia, para você não voltar, por que ele estava indo embora de Schlieben?".
Roma me olhou estupefata. "Sim!".
"Era eu!".
Eu estava para explodir de alegria e susto, inundado de emoções.
Não podia acreditar! Meu anjo!
"Não vou deixar você partir", disse a Roma.
E, na trazeira do carro, nesse encontro às cegas, pedi-a em casamento. Não queria esperar.
"Você está louco!", ela disse.
Mas convidou-me para conhecer seus pais no jantar do Shabbat da semana seguinte.
Havia tanto que eu ansiava descobrir sobre Roma, mas as coisas mais importantes eu sempre soube: 
sua firmeza, sua bondade. Por muitos meses, nas piores circunstâncias, ela veio até a cerca e me trouxe esperança. Não que eu a tivesse encontrado de novo, eu jamais a havia deixado partir.
Naquele dia, ela disse sim. E eu mantive a minha palavra.


Após quase 50 anos de casamento, dois filhos e três netos, eu jamais a deixara partir.”
Herman Rosenblat -  Miami Beach, Florida
***


Esta é uma história verdadeira e você pode descobrir mais sobre ele no Google.
Ele fez Bar-Mitzvah com a idade de 75 anos.
Esta história está sendo transformada em filme, chamado "A cerca".

(Autor desconhecido - compartilhado na internet via email)

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Romã: uma fruta adorável. Suco de romã: indescritível

Um pouco sobre a história da romã e suas propriedades especiais:






Na Antiguidade, símbolo do amor e da fertilidade. Na mitologia iraniana, o fruto desejado da árvore sagrada. Símbolo de sorte e prosperidade, hoje, a romã, que já foi alvo das atenções dos deuses, é objeto de pesquisas no Brasil que visam a destacar seus valores nutricionais e funcionais.
Pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos, em parceria com a Embrapa Semiárido e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estão desenvolvendo um estudo para agregar valor à produção de romã, no país. A ideia é aproveitar as propriedades antioxidantes da fruta, para retardar o envelhecimento precoce e reduzir riscos para doenças como hipertensão e artrite.

“A romã, de fato, tem  grande potencial como alimento funcional”, afirma Ricardo Machado Kuster, do Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.Entretanto, ele destaca que os benefícios reais da ingestão da fruta somente poderão ser vislumbrados após avaliação clínica e laboratorial criteriosa, feita por médicos e nutricionistas em indivíduos que fazem uso regular dos frutos.
A romã é nativa do Oriente Médio (incluindo a parte asiática). Famosa em países como Espanha, no Brasil, ela é popularmente utilizada para infecções de garganta, diminuir o açúcar sanguíneo e para labirintite, na forma de chá, como informa o professor Ricardo Kuster. Além disso, a questão mística permanece: para atrair sorte e dinheiro no ano novo, é comum colocar sementes de romã na carteira.
Além desses valores culturalmente agregados à fruta, a romã é rica em cálcio, ferro, potássio, magnésio, sódio, fósforo, vitamina C, lipídeos, esteróis, antocianinas e outros polifenóis, conforme citam algumas revistas científicas da área, segundo Kuster. Dessa forma, a pesquisa também objetiva dizer se um dos compostos bioativos da fruta, a antocianina, é bom para a saúde e se contribui para diminuir a produção de radicais livres relacionados a algumas doenças coronárias, relacionadas ao coração, como o infarto agudo no miocárdio.
Contudo, o professor Kuster já adianta: “Os principais componentes dos frutos não são as anticioaninas”. Os taninos elágicos, como a punicalina e a punicalagina, e o ácido elágico são as substâncias majoritárias do fruto e possuem inúmeras propriedades cientificamente comprovadas associadas a elas, como antiviral, anticancerígeno, anti-inflamatório, analgésico, entre outras. Todas estas propriedades parecem estar associadas à atividade antioxidante, explica Ricardo Kuster.
Entretanto, antes de tudo, é necessário confirmar se as características da romã já conhecidas em outros países, alguns deles desde a antiguidade, permanecem em solo e clima brasileiros. “A planta é um ser vivo e determinados ambientes são mais propícios a seu crescimento. Como a planta é nativa da Ásia, com ambientes muitas vezes diferentes do nosso, é necessário saber, por meio de pesquisas, se aqui no Brasil a romã terá rendimentos na produção semelhante aos lá do exterior”, esclarece Kuster.

ANTIOXIDANTES E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

Os fatores de risco para doenças como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, hipertensão, diabetes, hipercolesterolemia, estresse físico e emocional, segundo Ricardo Kuster, do Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estão relacionados a uma maior produção de radicais livres pelo organismo humano, de uma maneira que o nosso corpo não consegue combater com seus sistemas de defesa antioxidantes. Este fenômeno é denominado de estresse oxidativo e, logicamente, uma alimentação rica em antioxidante naturais, como aqueles presentes em frutas e legumes pode ajudar a prevenir.

CURIOSIDADE

Ricardo Machado Kuster, professor associado da UFRJ, não faz parte do grupo de pesquisa envolvido nesse estudo sobre os benefícios da romã, mas vem trabalhando com a fruta já há alguns anos. “Sou entusiasta desse tipo de trabalho”.
“Atualmente, estamos estudando propriedades antivirais dos taninos elágicos para herpes e dengue, bem como métodos alternativos de obtenção dos mesmos”, declara o pesquisador do Núcleo de Pesquisa de Produtos Naturais da UFRJ, o professor Ricardo Kuster.
Fonte: LUANA SEVERIANO - AGENCIA UFRJ DE NOTÍCIAS - CCS - 

Um pé de romã tem uma vista maravilhosa


Romãzeira florida esperando a mamangaba para polinizar as flores e se converterem em frutos.



Mamangaba polinizando a flor



Flor de Romã



Romanzeira inteira, toda florida



Depois de 4 meses, os frutos, no ponto de colheita. Para comer in natura o ideal é deixar a fruta rachar enquanto está no pé, o que denota o grau máximo de maturação da fruta.


Este pé está plantado na calçada em frente de casa. E já deu frutos também.

Fazendo Suco de Romã:




Com um cesto cheio de romãs colhidas....


 Olha o tamanho das frutas



Debulhe elas separando suas sementes


Aspecto das sementes de romã



Visto de mais perto



Coloque as sementes de preferência em juicer (ou liquidificador) e extraia seu suco.


Olha só que belo suco!


Suco de romã


Parece vinho rosê


 Suco de romã:
 Saudável, refrescante, de um gosto inigualável e indescritível, a fonte da juventude!