quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Hora da Faxina: O Refém




O Refém.
Fatos inusitados acontecem tão frequentemente que muitas vezes nem vimos a essência que um fato pode conter, podendo muitas vezes ser muito engraçado. Nas férias então, muitas coisas fazem a gente achar graça porque a vida solta, despreocupada, relaxada, amplia a graça dos fatos.
Os jogos de mesa, à noite, regados com cerveja viram num enorme pastelão, onde qualquer bobaginha pode ser motivo de graça. E um jogo destes que acaba virando numa grande piada é o Imagem e Ação. Para quem não conheçe, este jogo consiste em se fazer mímica sobre o conteúdo de uma carta sorteada onde contém as instruções, ou, fazer um desenho, dependendo do lado par ou ímpar de um dado que se rola. A competição é entre equipes e os colegas da equipe têm que adivinhar o que diz na carta de instruções através da atuação do colega. A equipe tem dois minutos para acertar a charada. Dá para imaginar o que sai nestas mímicas? E nestes desenhos que muitas vezes não têm nada a ver com o descrito na carta, porque quem desenha já está 'altinho' e o que vale é a graça da brincadeira, independentemente de quem vai ganhar? Então se avança num tabuleiro e a primeira equipe a chegar no final ganha.
Férias sempre descontraem. Este é o espírito, a essência. Para depois ficar mais um ano trabalhando, se virando, para ter como novamente fazer férias. Então, não dar bola para horários, para rotinas, para alimentação. Liberar tudo, se sentir livre. Bom, desde que esta liberdade não atinja nossa saúde, nosso organismo. Mas uma exageradinha nas férias faz muito bem, repondo aquela sensação do tempo de criança, onde nossa inocência não via nada de mal em se consumir o que dava prazer sem culpa nenhuma.
Sobre tantas histórias de praia, tem uma muito engraçada onde deixei meu cunhado de refém no supermercado. Lembrei desta história porque aconteceu neste supermercado perto de onde estou veraneando. 
Viemos nós dois um dia de manhã no meio da semana para comprar carne para fazer um churrasco. A gente rachava a despesa meio a meio. Mas quando viemos comprar a carne, ele pensou que eu estava trazendo dinheiro e eu pensei que ele estava trazendo. Ou seja, nenhum dos dois trouxe grana junto. Entramos, e a primeira coisa depois de pegar o cestinho foi cada um pegar uma lata de cerveja, abrir e brindar as férias. Compramos tudo e, ao passarmos no caixa ninguém tinha dinheiro. Foi muito engraçado porque cada um tava com a lata de cerveja na mão, quer dizer, já tínhamos gerado dívida, e sem um centavo no bolso para pagar. Depois do constrangimento inicial, deixei meu cunhado de refém no supermercado como garantia de pagamento, voltei pra casa pra pegar a grana e vir pagar nossa conta. Quando estávamos indo embora, ele disse:
- É, agora sei o que é ser refém. Me dá mais uma lata de cerveja aí!

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