sábado, 9 de maio de 2015

Dia das mães sem a mãe de meus filhos, sem Bere



 Dia das mães sem Bere

   Quisera eu ter escolhido aquela costelinha gorda para assar no espeto, especialmente para fazer um churrasco no ponto do agrado de Bere, para comemorarmos juntamente com os filhos neste domingo o dia das mães. Quisera eu! Quisera eu ficar matutando durante semanas para descobrir qual seria o melhor presente para esta mãe especial, que nunca mediu esforços para nada, que sempre esteve aí, pronta, largando tudo em prol dos filhos. E por fim, depois de muito pensar, dar o presente certo para ela, como gostava. Não para o lar. Para ela. Quiser eu! Quisera eu encomendar uma torta Marta Rocha na Vilma confeiteira, com cobertura de nata e com bastante nozes. Torta pequena, mas bem do jeito que Bere gostava, para na tarde de domingo ver ela sentar à mesa e junto com um café preto saborear esta torta e dizer: "Ah Vidinha, está do jeito como eu gosto. Até lembrou da cobertura de nata! Não tem como não te amar!" Quisera eu! Quisera eu acordar na manhã deste domingo e ver Bere dormindo terna ao meu lado, afagar seu rosto, vendo-a acordar e eu dizer num sussurrar apaixonado: "Feliz dia das mães!" E ela, num sorriso maroto responder: "Muito obrigada! Não teria sido mãe sem você." Quisera eu! Quisera eu ver os meninos assumirem as tarefas da casa neste dia para deixar a mãe se sentindo uma rainha. E no brilho de seu olhar eu conseguir enxergar estampado: "Que orgulho destes três!" Quisera eu! Quisera eu que o dia das mães fosse um abraço, um beijo demorado com Bere, um "Eu te amo!', um orgulho no olhar pela pessoa que Bere representou na família, em minha vida, pela mãe que foi. Quisera eu! Quisera eu fazer o tempo voltar. Somente mais uma vez! Uma única vez para somente mais uma vez passar um dia como este ao lado de Bere, paparicá-la, serví-la, realizá-la e fazê-la sentir o quanto de belo foi ter sido mãe por duas vezes de nossos dois filhos, nosso orgulho. Quisera eu!

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