OS BÊBADOS
- Ic! ...Foi você quem... ic, estes dias me pagou um traguinho?
Disse o Francisco tão bêbado que bamboleava diante do balcão pra lá e pra cá, que parecia que ele realmente iria cair. O Frido, que também estava bêbado e estava parado junto dele, respondeu:
- Não me está bem claro, mas acho que te paguei um traguinho estes dias.
- Sim, então está quase na hora de eu, ic, retornar pagando um traguinho pra ti.
Então o Francisco pega no bolso e tateia por uma moeda, até que ele consegue tirar duas moedas. Neste mesmo instante, caem algumas cédulas amassadas de seu bolso no chão. Diversas pessoas que se encontram carteando naquele ambiente, param tudo para observar os dois. O Frido se abaixa devagar para ajuntar o dinheiro, mas quando estava no meio do caminho ele cai duro no chão. Tentou se agarrar no balcão, mas não conseguiu mais fazê-lo.
- Ooopa! - Ele disse. - Me faltou o e... equilíbrio!
- Tu estás deitado aí, de um jeito que parece estar bêbado, Frido! E tudo isto só por causa de alguns trocados.
- Ah, ah, ah, FFF...rancisco, mas... é ...dinheiro! Eu ajunto tudo e então pago mais um ...traguinho!
Passam-se pelo menos cinco minutos até que ele novamente conseguiu levantar. Então os dois bêbados se matam rindo. Francisco diz com um leve sorriso no canto da boca:
- Há, há, ic, ...eu gostaria de pegar de novo no bolso e deixar cair o dinheiro para te ver caindo mais uma vez desajeitado.
- Ora, Francisco! ...Eu faço contigo uma aposta que a mes... a mesma coisa aconteceria contigo se eu deixasse cair uns trocados.
- Não acredito nisto Frido!
- O Frido então tateou cambaleante no seu bolso, retirou algumas moedas e as espalhou na sua frente. Então o Francisco se atirou atrás deste dinheiro e bateu o nariz contra o balcão dando um baita estrondo, ficando meio desacordado. Passado um tempo, ele se remexeu um pouco e olhou para o Frido. Seu rosto etsava banhado em sangue que saía generosamente do nariz. O bodegueiro então trouxe um pano e o Frido e o bodegueiro juntos limparam seu nariz. Depois de sangrar bastante, ajuntou as moedas e devolveu ao Frido. Eles se entreolharam e riram aos cântaros. Frido gritou:
- Garçom! ...Mais dois martelinhos!
Ligeirinho tomaram os dois martelinhos e devagar foram para casa, cambaleando e tontos.
Eles andaram juntos e se amparando rindo que nem crianças. Quando chegaram perto da casa do Francisco, o Francisco pegou a chave e queria abrir a porta de sua casa.
Frido estava parado do seu lado como um idiota, e após várias tentativas, Francisco não conseguiu achar o buraco da fechadura de sua casa. Ele pediu ajuda ao Frido, mas o amigo também não conseguiu realizar nada. Francisco então pediu a chave de volta e disse:
- Frido, ic,... segura a porta, porque... ela está se mexendo e desse jeito não consigo acertar o buraco da fechadura.
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