quarta-feira, 29 de julho de 2015

Pequenas Mentiras, Meias Verdades - Primeira Visita ao Zoo



 Primeira Visita ao Zoo

   É muito interessante quando existe um primeiro contato com algo diferente. Em todos os setores, sempre aquela ânsia da novidade. Por exemplo no emprego novo, onde novos colegas devem ser conhecidos e entendidos cada qual com suas particularidades, as diferentes exigências do patrão novo em relação ao emprego anterior, ambiente diferente, onde até a iluminação pode fazer a pessoa render mais ou menos em relação ao emprego velho.
   Assim também acontece com um novo namoro. Primeiro conhecer a pessoa, esperar que ela não seja igual a outra pessoa que fez gato e sapato. Se conhecem, se conversam, se gostam, e então a ânsia de iniciar um namoro. Tudo são fases que fazem a pessoa ficar apreensiva porque está lidando com possibilidades e elas podem ser boas ou más para esta pessoa.
   Difícil mesmo, é se estabelecer em novo endereço. Nossa, uma nova cidade, novos ares, pessoas diferentes, amigos distantes e vizinhos muitas vezes desligados, que nem tão aí se você está tomando banho frio porque a luz ainda não foi religada, ou se você compra seus alimentos a oito quadras da nova morada, quando que se fosse seguir outro caminho encontraria um supermercado bem sortido e ainda com preços mais em conta a apenas duas quadras de casa.
   Mas estes são fatores que ajudam a vida a ter graça, a fazer as gente rever conceitos e entrar de sola nos novos propósitos para ver o quanto antes os resultados.
   Dentre as novidades, muito hilário também é uma primeira vizita ao zoo. Ainda mais quando é feito por pessoas pouco esclarecidas, que ali travam conhecimento pela primeira vez com espécimes bizarros nunca antes vistos.
   Assim, uma família simples do interior um dia teve o privilégio de visitar o zoo. Nossa, imagina a angústia desta gente em se ver cara a cara com novos animais e assim conhecer um pouco mais da natureza. Chegando lá, começaram a passear por entre os recantos dos animais, todos chamando a atenção por serem bichos desconhecidos. O homem estava fascinado com o rabo do pavão que se abria num leque multicolorido digno de causar inveja a todas as galinhas de sua vila.
   Mas, quando chegaram no cercado do elefante ele ficou muito impressionado. De nervoso, comprou um saco de pipocas do pipoqueiro que estava ali perto, e começou a comer freneticamente as pipocas tentando entender a fisiologia daquele bicho estranho que aos seus olhos tinha dois rabos.
   Nisso, por ele estar muito perto da cerca, sentiu o elefante lhe roubar o saco de pipocas com sua tromba e o meter inteirinho na boca. 
   O cara ficou indignado. Completamente magoado com a inusitada atitude do elefante. Resolveu se queixar com o gerente do zoo. Chegando lá já foi gritando:
   - Olha, é uma vergonha o mau exemplo que este zoo dá aos seus frequentadores. Isso é inadmissível. Onde já se viu?
   O gerente curioso perguntou:
   - Mas do que o senhor está reclamando?
   - Do elefante! - Disse o homem. - Ele está dando um péssimo exemplo aos frequentadores deste zoo.
   O gerente, solícito, disse:
   - Mas diga-me o que houve? Vou mandar dar um jeito. - E o cara da colônia:
   - Imagina só seu gerente: o zoo cheio de gente e este bicho vem e me rouba o saco de pipocas como qualquer ladrão. Mas isto não foi o pior"!!!! O pior é que ele roubou minha pipoca com o rabo e o senhor pode imaginar em que buraco enfiou. Que vergonha!
   

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