quinta-feira, 28 de maio de 2015

Hora da Faxina: Soltando Pum na Festa



   Soltando Pum na Festa

   Uma festa sempre é um acontecimento gostoso. Também, sempre encontramos pessoas conhecidas, familiares, gente talvez até desconhecida mas animada e alegre, que acaba contagiando nossa participação e tudo acaba realmente em diversão.
   Quando esta festa é realizada num restaurante, então tudo se completa. Além da alegria da música, do encontro com pessoas queridas que confraternizam juntos aniversário, formatura ou pelo simples fato de juntar num mesmo ambiente pessoas que são caras entre si, existe o cardápio do almoço ou jantar, onde o alimento já é um motivo de grande prazer. Mas, além dele, a química do encontro, deixa tudo virado em algo que banha a alma de doçura e leveza, transformando aquele momento em algo para se comentar por vários dias, relembrando aqueles momentos de convívio.
   E foi o que aconteceu estes dias num jantar de confraternização de aniversário, num restaurante. Estavam presentes vários grupos confraternizando, muita alegria, jantar gostoso e conversa animada. O evento foi especial. Mas, a certa altura, minha cunhada que sentava na minha frente, perguntou:
   - Não está sentindo cheiro de pum?
   Comecei a rir alto e respondi:
   - Tá sonhando? Não to sentindo cheiro de pum nenhum!
   Ela, categórica, retrucou:
   - Tem cheiro de pum sim. Melhor, fedor! ...E este já é o terceiro!
   Ri mais alto ainda e respondi:
   - Há, há, há, está até contando a sequência dos bombardeios? Que coisa séria. Mas nem tinha rabanete curtido na janta.
   - Eu até já pedi para eles abrirem as janelas para circular o ar. Isto aqui está muito fedido. Me admira muito não estares sentindo o cheiro. 
   Enquanto minha cunhada falava isto, meu filho que estava do lado confirmou que também estava sentindo o cheiro. Então veio o quarto pum. Nossa, este com certeza veio acompanhado de ao menos dois urubus, tamanho o fedor. Até eu senti. E nós, apesar do cheiro ruim, rimos todos, tentando adivinhar quem estava se aproveitando do aglomerado de pessoas para se aliviar, onde todos acabavam sendo suspeitos.
   O assunto sobre pum virou o motivo da conversa e de muitas risadas dali para a frente. Estávamos tentando achar a pessoa culpada através de seus trejeitos, sua fisionomia, ou algo que a dedurasse. Mas ficava difícil adivinhar. Todos ao nosso redor acabaram sendo causadores ou vítimas. Foi então que rescindiu no ar o quinto pum. Antes que eu pudesse sentir algo, minha cunhada já cochichou:
   - Sente só: foi o quinto. Agora se cagou. É impossível um pum simples feder tanto!
   Me corriam as lágrimas de tanto rir. A barriga estava doendo e eu não conseguia mais parar de rir. E minha cunhada continuava séria, indignada com a situação que agora tinha tomado formas nauseantes. 
   Eis que começou uma música animada, boa parte levantou para dançar. Então uma senhorinha de seus sessenta anos também levantou e foi para a pista. Nos entreolhamos como quem diz: "Viu, está aí a suspeita!" ela estava de calça clara, com um baita borrão na bunda, literalmente cagada.

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